Jornal Estado de Minas

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Problema com linha telefônica fixa não é só meu

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Os leitores desta coluna já devem ter lido várias vezes as reclamações que tenho feito sobre a Oi, uma vez que meu telefone está mudo há praticamente um mês. Da última vez, escutei um movimento em minha porta e fui ver o que estava acontecendo. Dei de cara com três funcionários da Oi, aplicados em consertar telefone do outro lado da rua. Eles escutaram todas as minhas reclamações e se mandaram sem me acudir. Avisam que voltariam depois do almoço e isso já faz mais de uma semana.





Como não estou vendo a menor possibilidade de ter telefone em casa – porque não tenho celular, fico dependendo do meu serviço doméstico –, resolvi na última segunda-feira mudar de serviço. Vamos ver se a outra empresa – a Net – vai funcionar (apesar de ter pedido cinco dias para mudar a linha para seu nome).

Enquanto isso, passo adiante uma carta bem esclarecedora que recebi de filho de uma amiga muito querida minha, que já se foi, e que sabe o que foi que aconteceu em minha porta. Quer dizer: a reclamação contra o péssimo serviço da Oi não é só em minha casa, é geral.

“Prezada Anna Marina, boa noite.

Quem lhe escreve é Georges Paturle, filho de Dora e neto de Olga Gutierrez, seu vizinho de bairro, morador da Rua Cônego Rocha Franco (esquina com Herculano de Freitas), há 40 anos. Venho me solidarizar, em todos os níveis, com o verdadeiro calvário que a senhora está passando com a operadora de telefonia Oi.





Eu também estou enfrentado o mesmo problema com duas linhas que tenho, desde 1981, passando por CTMG, Telemig, Telemar e agora Oi... Minhas linhas funcionam de forma intermitente: se faz sol durante três, quatro dias, beleza! Se chover forte, para de funcionar em questão de minutos. Se chover “invernado” por um dia inteiro, também sem telefone!

Isto tudo até que venham os próximos dias de sol, sem contar que de início a linha faz uma ronqueira danada. Há pouco tempo, contatei um técnico, que atua na minha área, e o mesmo disse que o problema são os cabos, antigos e em processo de deterioração, o que fugia da alçada dele, pois é questão de equipe própria, e que tais cabos nem sempre acompanham os postes mais próximos. Em uma sua coluna recente, li que a Oi consertou a linha de um vizinho seu, empresário.

Salvo melhor juízo, acho que deve ser na residência Gabriel de Andrade, leia-se Andrade Gutierrez. Vejo agora que o que técnico falou para a senhora praticamente é o mesmo que o daqui falou para mim.Pois bem, a Andrade Gutierrez, bem como a AG Telecom, são proprietárias (em grande parte) da Oi, desde que a Andrade Gutierrez ganhou o leilão de privatização da Telemig, criando a Telemar Norte Leste.Sendo assim, acredito ser fácil saber porque a linha do seu vizinho foi consertada. Tenho ciência da sua grande afinidade com a Angela Gutierrez (a qual não tenho, mesmo ela sendo minha prima, sem desprezar a nossa afetividade). Então, já que a Andrade Gutierrez é parte da Oi, quem sabe a Angela não obteria um canal para que o problema se resolvesse? Se der certo, rogo interceder também por mim.Um grande abraço, Georges.”

Outro recado que recebi, também de leitor, tem certamente uma informação nova, que praticamente poucas pessoas conhecem. Passo então adiante para atender a quem está na mesma penação que eu:

“Prezada Anna Marina,

Se você denunciar a Oi e seu problema à Anatel, a operadora terá um prazo para resolver o problema. Se não resolver no prazo estipulado pela Anatel, começa a incidir multa diária. Então, a tendência é eles atenderem primeiro as exigências da Anatel para evitar incidência de multa. E quem não reclama lá, fica na prioridade 1.000 de atendimento.”




audima