Humberto Guimarães, meu médico há anos e anos, que consegue colocar meu labirinto no lugar quando estou tão tonta que não consigo andar direito, enviou seu texto prometido há muito tempo. Na coluna de hoje, compartilho as dicas interessantes dele com os leitores:
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Nos tempos de pandemia, quando o isolamento é imperativo e força sobretudo idosos a ficarem em casa, temos que lançar mão de ótimos passatempos. Ler um bom livro, assistir a programas e séries na TV, ter um bom papo com familiares e amigos pelo celular distrai e ajuda o tempo passar.
Para isso é fundamental ter boa visão e ótima audição. Entretanto, é nessa situação que as pessoas descobrem suas dificuldades visuais e auditivas.
A cegueira nos afasta do mundo externo e a surdez nos afasta do convívio com as outras pessoas. Se alguém perde parte da visão, percebe isso. Mas se alguém perde parte da audição, quem vai perceber são as pessoas com quem convive.
No adulto, a deficiência auditiva não só dificulta a comunicação, mas gera inseguranças no relacionamento social e profissional, perda da autoestima, depressão, nervosismo e isolamento.
Na criança, alterações auditivas produzem consequências mais sérias em relação ao adulto. Elas não se restringem a dificuldades linguísticas, abrangendo alterações comportamentais, cognitivas, emocionais, afetivas e sociais.
Que caminho deve ser seguido por uma pessoa com suspeita – ou certeza – de alterações auditivas? O primeiro passo é marcar consulta com o otorrinolaringologista. Por meio história do paciente, do exame físico e de testes específicos, ele vai constatar a perda auditiva, sua classificação e sua localização, seja no conduto auditivo externo na orelha média, na orelha interna, na via auditiva central ou em áreas auditivas do encéfalo.
No segundo passo, o médico, auxiliado por exames complementares, vai diagnosticar a causa da surdez e indicar o tratamento adequado, seja clínico ou cirúrgico.
No caso especifico do seu artigo, vamos aqui tecer comentários sobre as próteses auditivas utilizadas para recuperar a audição.
Trata se de um dispositivo eletrônico que utiliza pilhas e funciona como amplificador e processador de sons, relacionando o usuário, da forma mais natural possível, com o ambiente sonoro onde ele se encontra. A partir desse estágio, é necessária a colaboração do fonoaudiólogo. Esse profissional, o médico e o paciente vão escolher a prótese que, de acordo com os exames, pode oferecer o melhor rendimento funcional, com aspecto estético compatível.
Existem vários tipos de próteses. Vamos dividi-las em dois grupos principais: as próteses removíveis (Aaasi) e as próteses implantáveis por cirurgia.
As removíveis podem ser retroauriculares intrauriculares, intracanais e intracanais profundas. As implantáveis por cirurgia podem ser passivas, como as ancoradas no osso temporal, ou ativas, que levam o som diretamente para a cóclea. Pertencem também a essa categoria os implantes cocleares e os implantes de tronco cerebral.
A compra da prótese não significa o fim do processo. É necessário um período de adaptação e reabilitação com o fonoaudiólogo, além de acompanhamentos periódicos com o otorrino para evitar complicações devidas ao uso.
Quais são as causas da recusa do tratamento? O tipo de prótese, o preço, a estética, a falta do período de adaptação e reabilitação, além da impaciência das pessoas.
Muitas vezes, o paciente com perda auditiva bilateral faz a opção de protetizar somente um ouvido. Não é a conduta correta. O uso da prótese nos dois ouvidos tem várias vantagens, como a melhor discriminação auditiva em ambientes ruidosos e, sobretudo, a facilidade de localizar a fonte sonora.”