Além de serem uma alteração estética, as varizes podem evoluir para problemas mais sérios, por isso a avaliação do médico é fundamental. Enquanto a pandemia força o home office e, em muitos casos, o sedentarismo, devemos estar atentos às veias dilatadas e tortuosas que perderam sua função. Elas causam danos estéticos, mas também circulatórios.
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Suplemento de melatonina não é indicado para insôniaPerdas auditivas complicam, e muito, a vida de adultos e das criançasSaiba tudo o que seus genes têm a dizer sobre vocêTire suas dúvidas sobre o congelamento de óvulosNão descuide dos olhos. Deficiência visual é problema de saúde públicaRinoplastia pode ser feita junto de outras cirurgias“Embora a causa seja desconhecida, fatores genéticos estão ligados ao aparecimento de varizes. Quem herda veias mais finas, por exemplo, tem mais chances de desenvolver essa condição. Fatores como a menor produção de colágeno e elastina e a menor resistência das paredes das veias também contribuem para o seu surgimento”, explica Marcelo Sady, pós-doutor em genética e diretor-geral da Multigene.
De acordo com os especialistas, quando o tratamento não é realizado o organismo pode ser afetado por várias complicações. A seguir, listamos algumas delas:
Insuficiência venosa crônica – Em geral, mulheres de mais idade podem sofrer com esse problema, que tem relação com o número de gestações, a obesidade e o histórico familiar. Dor, coceira, formigamento, queimação, fadiga, cãibras musculares, inchaço e sensação de peso são os principais sintomas.
Úlceras venosas – Consequência do agravamento da insuficiência venosa crônica, as úlceras são feridas abertas que exigem cuidado especializado. Causam dor e são muito difíceis de curar. Após o tratamento, cuidados e acompanhamento devem ser permanentes.
Dermatite ocre – O sangue acumulado nas veias extravasa e mancha a pele das pernas com uma coloração acastanhada, semelhante à ferrugem. A cor tem relação com o ferro contido nos glóbulos vermelhos, que se rompem, liberam hemoglobina e isso altera a coloração da pele da região.
Tromboflebite superficial – A famosa trombose se refere à condição na qual há o desenvolvimento, nas veias das pernas e das coxas, de um trombo, coágulo sanguíneo que entope a passagem do sangue. Um pequeno coágulo pode se desprender e correr pela circulação até chegar ao pulmão, o que é chamado de embolia pulmonar, causando dor no peito, tosse, cansaço, falta inesperada de respiração e, em casos mais graves, morte súbita.
Como as veias têm diferentes espessuras, o diagnóstico médico determinará como tratar as varizes de acordo com o calibre de cada vaso e os sintomas da paciente.
“A genética pode ser usada para prevenir e tratar o problema de maneira mais eficiente. O DNA também pode ajudar a chegar a um resultado mais satisfatório, além de evitar o surgimento de mais veias dilatadas”, informa o geneticista Marcelo Sady.
Segundo ele, a Multigene oferece um exame genético específico para detectar a presença de variantes ligadas à maior incidência de varizes, determinando qual é o risco de desenvolvê-las, além de recomendar sugestões baseadas na ciência – e no DNA do paciente – para controlar a ação dessas variantes por meio de modificações do estilo de vida da pessoa.
Para as veias que já apareceram, há diversas opções no consultório. “Escleroterapia (substância química injetada dentro da veia), uso de lasers e radiofrequências, espuma densa ou procedimentos que combinem as técnicas são excelentes opções”, explica Aline Lamaita.
Cirurgias também podem ser indicadas, a depender do caso. “Apenas o médico especialista poderá avaliar a principal fonte do problema, pois muitas vezes temos uma veia nutrícia, uma espécie de veia-mãe, que precisa ser identificada por meio da tecnologia de realidade aumentada, e eliminada. Caso contrário, o tratamento não terá efetividade”, finaliza a angiologista.