É difícil encontrar quem não goste de viajar. Conhecer novos lugares e novas culturas é muito bom, mas, como quase tudo na vida, o turismo exige cuidados específicos para que as coisas corram conforme o planejado. Você já deve ter ouvido falar sobre a relação entre viajar de avião e o desenvolvimento de trombose venosa profunda. Realmente, é algo que merece atenção.
A viagem de avião aumenta os riscos, pois se a pessoa fica muito tempo parada, sem movimentar as panturrilhas, a velocidade do sangue dentro dos vasos diminui. Outros fatores ajudam a desenvolver o problema, como a pressurização da cabine e o ar-condicionado, que causam desidratação e, por consequência, aumentam a viscosidade sanguínea.
“É essencial que o passageiro caminhe no corredor da aeronave e faça exercícios simples a fim de minimizar os riscos”, diz a médica. Alguns deles a pessoa pode fazer no próprio assento. “Comece com os pés no chão e, em seguida, levante os calcanhares enquanto mantém as pontas dos pés no chão, permanecendo nessa posição por alguns minutos. Depois, coloque os calcanhares no chão e levante os dedos dos pés. Segure por alguns segundos e repita o alongamento algumas vezes”, ensina a doutora Aline.
Outro bom exercício é traçar círculos com os pés por alguns segundos, mudando de direção de fora para dentro e de dentro para fora. “Você pode dobrar a perna abraçando os joelhos o mais próximo possível do peito. Permaneça assim por alguns minutos, sempre trocando de perna”, recomenda a cirurgiã-vascular.
Medida muito simples, que estimula o fluxo sanguíneo, é caminhar pelo corredor. “Esses cuidados estimulam a circulação e minimizam consideravelmente o risco de trombose”, garante.
Além dos exercícios, você deve beber bastante água durante o voo, evitar consumir álcool e remédios que estimulam o sono, pois se passarmos muito tempo dormindo, não exercitaremos as pernas.
“A atenção deve ser redobrada no caso de fatores individuais que agravam o risco de desenvolver o quadro. É o caso de obesos, tabagistas, portadores de câncer, pessoas que utilizam hormônios ou pílulas anticoncepcionais, predispostos a coagulação sanguínea, gestantes, idosos, deficientes físicos e portadores de varizes”, conclui a especialista.