Quando o assunto é cirurgia plástica, o inverno é a estação preferida de grande parte dos pacientes. Mas engana-se quem acredita que esse tipo de procedimento estético mais invasivo só pode ser realizado nessa estação. Na verdade, muitas pessoas preferem optar pela realização de cirurgias plásticas no verão.
“Isso porque os meses de dezembro e janeiro, que compreendem o verão, são o período do ano em que a maior parte das pessoas entra de férias ou recesso, o que torna todo o pós-operatório muito mais tranquilo, já que o paciente não precisará se preocupar em se afastar de suas atividades rotineiras, realizará menos esforço físico e terá a exposição ao sol reduzida, fatores que vão contribuir para que o processo de recuperação e cicatrização seja muito mais rápido e com menores chances de complicações”, afirma o cirurgião plástico Paolo Rubez.
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“Através de movimentos repetitivos e suaves, esse procedimento estimula os gânglios e vertentes linfáticas da região tratada, otimizando o retorno do líquido de volta para a circulação para diminuir a retenção. Dessa forma, a drenagem é extremamente benéfica no processo pós-operatório de uma cirurgia, já que direciona e aumenta o fluxo linfático, removendo o excesso de líquidos que naturalmente se acumulam nos tecidos após esse tipo de procedimento”, afirma o médico.
Devido aos maiores índices de radiação ultravioleta no verão, caso as áreas que acabaram de passar por cirurgia ficarem mais expostas ao sol aumenta o risco do surgimento de manchas na pele e o escurecimento da cicatriz, complicações comuns após procedimentos estéticos por falta de cuidados do paciente com relação ao sol. “Isso porque, enquanto há atividade inflamatória, os melanócitos, que produzem o pigmento da pele, ficam mais ativos e podem funcionar mais que o desejado. Então, é importante não os estimular ainda mais, deixando a pele exposta ao sol. Por isso, a fotoproteção diária do local afetado é indispensável, devendo ser realizada com um produto que contenha, no mínimo, FPS 50. Caso a região tratada fique exposta ao sol com mais frequência, como o rosto, o produto também deve ser reaplicado a cada duas horas”, recomenda o cirurgião plástico.
Vale a pena também apostar em alguns cuidados que vão ajudar a acelerar a cicatrização e, consequentemente, reduzir os riscos de complicação, como a hidratação diária da área tratada. “A hidratação melhora a espessura e a maciez da pele, favorecendo assim o processo de cicatrização. Ao hidratar o tecido que sofreu estiramento, reduzem-se também as chances de formação de cicatrizes de aspecto indesejado, como queloides e cicatrizes hipertróficas”, aconselha o especialista. Evitar o álcool e o tabagismo também é fundamental, pois ambos são vilões da recuperação e cicatrização.
Outra dica interessante para o verão é dar preferência aos procedimentos faciais, que, em sua maioria, não exigem a utilização de malhas compressivas. Então, pode ser interessante optar, por exemplo, por uma rinoplastia, procedimento que não exige uso de malhas compressivas e visa alterar a estética do nariz através da manipulação de estruturas como cartilagem, osso e pele para proporcionar um aspecto natural e conferir harmonia à face.
Mas, para aqueles que não desejam resultados tão drásticos, talvez o melhor no verão seja optar pelos procedimentos minimamente invasivos. Por exemplo, quem sofre com rugas e flacidez pode apostar na aplicação de toxina botulínica ou preenchedores injetáveis. Para gordura localizada, o Coolsculpting. “Enquanto a toxina botulínica reduz a aparência de rugas e linhas por meio da paralisação da musculatura, o preenchimento com ácido hialurônico devolve volume aos compartimentos de gordura e preenchem a face e os sinais da idade”, destaca Paolo Rubez.