Não é necessário demonizar os carboidratos – eles são, inclusive, excelentes fontes de energia. Mas precisamos tomar cuidado com os excessos.
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O colágeno mantém a pele bem estruturada, mas é prejudicado pelo excesso de açúcar. “O colágeno novo, firme, sustenta a molécula de água em torno dele todinho, o que deixa a pele hidratada, mais firme, menos flácida. Se tenho mais firmeza, terei menos estrias, menos rugas, menos flacidez”, explica a especialista.
“Quando o excesso de açúcar endurece o colágeno, ele perde a sua funcionalidade de mobilidade, de sustentação. Essa pele vai ficar mais ‘dura’, vai despencar e ficar mais desidratada. Dessa forma, surgem as rugas, a flacidez e até as estrias, pois o colágeno se rompe com mais facilidade, formando essas ‘marcas’”, destaca.
Trata-se de agressão à pele de forma oxidativa, estrutural e inflamatória. “A glicação gera desconforto ao melanócito internamente na derme, fazendo-o produzir ainda mais melanina. Isso produz manchas de forma muito mais nociva do que a própria agressão solar”, diz Ludmila. Surgem, então, melasmas, rosácea, etc.
Cuidar da alimentação é muito importante. “Não é só o doce. O açúcar está em outros alimentos, como os carboidratos. A glicação tem relação 100% com ingestão de açúcar, independentemente da idade, tanto no homem e na mulher. Isso ocorre até mesmo com pessoas magras que ingerem muito açúcar”, diz.
“Os carboidratos simples e complexos podem ser ingeridos equilibradamente. No entanto, os simples devem ser consumidos com muita moderação. Por terem índice glicêmico mais alto, não devem representar mais de 10% das calorias ingeridas”, explica Marcella Garcez.
Uma forma de reverter o processo é usar dermocosméticos e nutracêuticos com ação antiglicante, aliados à mudança alimentar. “Temos de procurar ativos antiglicantes nos cremes que tenham permeação profunda na pele, atingindo o colágeno. Porque é ele, lá dentro da pele, que glica. Então, precisa ter um permeador no dermocosmético que consiga chegar no colágeno e fazer essa desglicação”, explica a especialista.
Como a inflamação causada pelo açúcar causa estresse oxidativo, com aumento da produção de radicais livres, os antioxidantes são necessários. “Ao usar um dermocosmético com ação antioxidante e antiglicante, é possível tratar a funcionalidade da pele, reforçando sua estrutura interna para a proteção do colágeno. Você pode optar por tratamentos reconstrutores da pele com tecnologias cosméticas focadas na antiglicação, antioxidação e regeneração dos tecidos”, recomenda.
“Com relação aos nutracêuticos, o peptídeo da carcinina pode ser usado para atuar como antioxidante, antiglicante e desglicante. Ele tem a capacidade de bloquear o açúcar excedente. Ele também desliga o açúcar que se ligou ao colágeno, revertendo o processo. Dessa forma, devolvemos às proteínas suas características iniciais e funcionais”, explica Ludmila.
Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos, sugere o uso de Glycoxil, dipeptídeo biomimético da carcinina que atua na prevenção e tratamento coadjuvante de desordens metabólicas e doenças associadas ao envelhecimento sistêmico.
“O creme consegue impedir a ligação das proteínas ao açúcar do corpo humano, impossibilitando a formação de AGES, radicais livres e inflamação, condições intimamente relacionadas ao processo de envelhecimento da pele e ao surgimento de doenças”, finaliza Patrícia França.