A vida da mulher moderna muitas vezes pode ser cercada de dúvidas. Até mesmo quando é possível observar os resultados dos exames preventivos anuais – há tantas palavras que não fazem parte do cotidiano, que causam muito mais dúvidas do que alívio. Nesse caso, é sempre indicado conversar com seu médico para que ele faça a interpretação correta daquilo que está escrito. Agora, quando o assunto é o surgimento de cistos ovarianos, a visita anual ao ginecologista pode ser uma ótima forma de acompanhar a saúde da mulher.
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Fica constrangido por suar excessivamente? Saiba como tratar o problemaEndometriose, a doença feminina, é um sofrimento só. Mas tem tratamentoDieta com fibras ajuda a enfrentar o melanomaDor nas pernas nem sempre é sinal de má circulação. Fique atento!Amanhã é o Dia Mundial de Doenças RarasPara falar sobre o impacto gerado sobre esse tema e como o quadro clínico pode se desenvolver, o especialista levantou cinco dúvidas comuns que chegam aos consultórios ginecológicos sobre cistos no ovário.
1. Cisto no ovário é sinal de câncer?
Não, felizmente, boa parte dos cistos no ovário são casos benignos. Nesse caso, só é recomendada a retirada quando há algum desconforto para a paciente. Porém, quando há características que indicam malignidade, o médico pedirá exames complementares e indicará o tratamento mais adequado.
2. Existe uma idade certa para surgirem cistos nos ovários?
Não existe uma idade exata para o surgimento desses cistos – eles podem surgir em qualquer momento da vida da mulher. O especialista afirma que é bom estar atento ao acompanhamento de mulheres após os 50 anos, já que podem surgir cistos malignos após essa idade, porém não é a regra.
3. Quais são os principais sintomas do cisto no ovário?
O especialista afirma que é raro as pacientes manifestarem algum sintoma fora do habitual do seu ciclo menstrual, mas que é importante estar alerta em algumas situações, como aumento do volume abdominal e dor pélvica.
4. Quais são os principais tipos de cistos que as mulheres podem desenvolver?
O ginecologista revela que, usualmente, as mulheres em idade reprodutiva podem desenvolver alguns tipos de cistos nos ovários. Os mais comuns são:
Cisto funcional – é o tipo de cisto mais comum entre as mulheres. O surgimento ocorre quando os folículos não se rompem durante o ciclo menstrual e não expelem o óvulo no seu interior. Dessa forma, o cisto cresce. Ele é identificado normalmente via exames de imagem e pode desaparecer em poucos meses, sem tratamentos ou intervenções.
Endometrioma – normalmente é encontrado em mulheres que sofrem com a endometriose. Esse tipo de cisto tem como forte característica um líquido escuro e sanguinolento – com aspecto achocolatado, por conta da presença do tecido do endométrio. Esse tipo de cisto é identificado a partir de exames de imagem e precisa de acompanhamento. De acordo com Soares, quando indicada a remoção, é possível utilizar um método que garanta mais conforto. “Com a laparoscopia ou robótica é possível identificar os focos e realizar a retirada do endometrioma de uma forma tranquila e com uma recuperação mais ágil”, explica.
Cisto dermoide – são cistos que crescem lentamente e nos seus aspectos físicos podem apresentar pelos, cabelos e até dentes. Eles podem crescer até mais de 10cm de diâmetro. Normalmente, esse é o tipo de cisto que mais causa torção de ovário. O seu tratamento é realizado especificamente por vias cirúrgicas – nesse caso, a cirurgia minimamente invasiva é a via mais indicada.
Cistoadenoma – tem características muito parecidas com o cisto funcional, porém, como são persistentes e reaparecem, na maioria das vezes requer a remoção cirúrgica. O cisto é formado pelo tecido que reveste o ovário e pode provocar diversas outras lesões na região, como uma torção, por exemplo. O seu tratamento é exclusivamente feito a partir de cirurgias e o surgimento pode ocorrer em qualquer idade.
5. O cisto pode deixar a mulher infértil?
Não. Porém, há um alerta quando falamos sobre o endometrioma, já que a endometriose pode prejudicar a reserva ovariana da mulher e, a partir disso, causar e/ou dificultar a gravidez.
Apesar de todas essas questões, o especialista afirma que o tratamento para os cistos nos ovários avançou muito nos últimos 20 anos.
Hoje, segundo o cirurgião, as possibilidades de cirurgias minimamente invasivas para esses casos podem ajudar as mulheres a terem uma vida mais saudável de forma rápida e sem sofrimento.
“Com a possibilidade da cirurgia robótica, a retirada de endometriomas é possível de maneira muito mais precisa e delicada”, afirma o ginecologista. Além disso, Thiers Soares reforça que é necessário sempre realizar o acompanhamento médico e definir com o ginecologista o melhor tratamento para cada caso.