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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Indústria da moda e têxtil é a terceira mais poluente do mundo

Setor representa até 5% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, ficando atrás apenas da indústria de alimentos e da construção


13/04/2022 04:00 - atualizado 12/04/2022 22:48

Foto mostra quatro pares de sandálias nascores rosa, lilás, verde e creme
Linus cria sandálias 100% recicláveis e modelos veganos (foto: LINUS/REPRODUÇÃO )

Comemorado mundialmente em 22 de abril, o Dia da Terra foi criado para conscientizar e lembrar às pessoas a importância da conservação da biodiversidade e da luta em defesa do meio ambiente. A indústria da moda e têxtil representa até 5% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, sendo o terceiro setor mais poluente do mundo, depois de alimentos e construção, de acordo com relatório do Fórum Econômico de Davos publicado há um ano. 

As famosas fast fashion, conhecidas pelo barateamento da mão de obra e da matéria-prima, representam uma grande parcela desse índice, pois fortalecem um consumo desenfreado.  De acordo com Isabela Chusid, CEO e fundadora da Linus, marca de lifestyle sustentável que trabalha para tornar mais fácil a decisão de consumo de itens de moda sustentável, a data é importante, pois reforça a necessidade do equilíbrio. 

“A forma mais fácil de inserir a sustentabilidade no dia a dia é fazendo simples escolhas mais conscientes. Antes da criação da Linus,  sempre tive dificuldade em ter que escolher por itens confortáveis, atemporais e sustentáveis, por isso criei a Linus levando em conta esses três pilares. O objetivo é facilitar as opções de lifestyle sustentável e mostrar que é possível unir esses dois mundos, sustentabilidade e moda, de uma forma honesta, sem greenwashing”, argumenta. Na pandemia, a Linus cresceu 700%, e no último ano quase 400%.

Segundo Isabela, o crescimento se deve, entre outros fatores, ao movimento dos brasileiros por um consumo consciente e sustentável.

Com a sustentabilidade diretamente atrelada ao negócio, para além dos produtos, a Linus compensa sua emissão de carbono e 200% de todo o plástico e papel que produz tem os selos “Eu Reciclo”, “Carbon Free”, além de ser certificada pela organização internacional de direitos dos animais PETA.  

O objetivo é se tornar carbono negativa até 2026. As sandálias são 100% recicláveis e compostas por 70% de fontes renováveis e carregam conforto, sustentabilidade e atemporalidade, três pilares que, antes da criação da marca, eram uma decisão difícil para consumidores brasileiros, que quase sempre tinham que decidir entre itens da moda confortáveis ou sustentáveis. Neste Dia da Terra, vale pensar em começar com pequenas mudanças e entender o real valor do que compramos..

Isabela decidiu empreender depois de atuar em algumas multinacionais. Sempre atenta aos impactos negativos da indústria da moda nas relações de trabalho e no ecossistema, ela fundou a Linus, em 2018, com o objetivo de facilitar a tomada de decisão de consumo sustentável.

A marca de lifestyle sustentável pretende transformar o bem-estar em um estilo de vida presente na relação das pessoas com elas mesmas, com os outros e com o planeta. 

O cuidado se inicia com a criação da primeira sandália de plástico vegana nacional, confortável e versátil, projetada por designers, engenheiros de material, especialistas em palmilha e ortopedistas. O produto se insere no planeta por meio do cuidado com o meio ambiente.

Isabela Chusid foi eleita entre os jovens mais promissores do Brasil abaixo dos 30 anos pela aclamada revista Forbes, na lista Under 30 de 2021. A Linus, em setembro de 2021, esteve presente na New York Fashion Week, uma das principais semanas de moda do mundo. Em fevereiro de 2022, a marca anunciou o início da operação na Europa por meio do e-commerce internacional.


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