Para descobrir exatamente o que causa essas instabilidades, os estudiosos compararam as proteínas presentes nos oócitos de diferentes mamíferos, incluindo, além de oócitos humanos, células de ratos, porcos e vacas. Após análise, descobriram que os oócitos humanos são deficientes de proteína KIFC1.
“Essa proteína atua como uma espécie de motor molecular, servindo para estabilizar a maquinária que separa os cromossomos durante a divisão celular, para evitar que ocorram problemas durante esse processo”, diz Rodrigo Rosa. Em comparação com humanos, oócitos de outros mamíferos apresentaram uma quantidade significativamente maior dessa proteína, o que explicaria o motivo de essas falhas nos óvulos serem menos frequentes nos animais.