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SAÚDE

Hipertensão arterial é perigosa, pode ser tratada e exige hábitos saudáveis

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Ontem foi celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, doença que atinge cerca de 30% dos brasileiros, como aponta a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A data é um momento importante de conscientização e disseminação de informações sobre o diagnóstico preventivo e o tratamento da hipertensão, que mata mais de 10 milhões de pessoas por ano no mundo.





A hipertensão é caracterizada como doença crônica não transmissível (DCNT), apresentada pelos níveis de pressão arterial acima de 14 por 9.

O cardiologista Ernesto Osterne adverte que pressão alta mata. “Ela pode levar ao derrame e, dependendo do quadro de AVC e complicações, o paciente pode vir a óbito. Outras complicações são a insuficiência cardíaca e insuficiência renal crônica, podendo chegar a precisar de hemodiálise”, explica.

A doença é mais comum entre os homens, pacientes com obesidade e pessoas que têm histórico na família, além daquelas com hábitos alimentares ricos em sódio. Segundo o cardiologista, a hipertensão pode ter causa primária ou secundária – a primeira é a mais comum.





“A hipertensão primária pode ocorrer por questões genéticas, questões alimentares ou por hábitos de vida não adequados. Já a secundária é fruto de doença renal crônica, problemas vasculares e até de alguns tipos de tumores específicos”, explica o médico do Hospital Anchieta, em Brasília.

Os sintomas mais comuns são dor de cabeça constante, dor na nuca, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, cansaço, palpitações, alterações visuais com vista embaçada ou duplicada e, em alguns casos, sangramento nasal espontâneo pelo aumento importante da pressão, náuseas, vômitos, sangramentos oculares e manchas vermelhas nos olhos.

“O diagnóstico é feito na consulta com o cardiologista. O diagnóstico se dá por meio da história clínica, dos sintomas e aferição da pressão arterial no consultório. Além disso, o médico pode indicar o exame por mapa para fazer a monitorização ambulatorial da pressão em tempo real”, explica.





O tratamento e a prevenção exigem modificações do estilo de vida. O paciente precisa adquirir hábitos mais saudáveis, como comer em menor quantidade, fazer atividade física, reduzir o peso e controlar doenças associadas, como diabetes e colesterol alto.

“Há também o tratamento medicamentoso, com medicações anti-hipertensivas. Em alguns casos, pode ser necessária intervenção cirúrgica, com a denervação da artéria renal. O tratamento não é só o remédio, precisa ser aliado ao estilo de vida”, reforça Osterne.

No meu caso pessoal, tenho um consolo: minha pressão é sempre 12 por 8. Quando vou ao médico e informo essa medida, eles não acreditam. Mas tomo há anos um comprimidinho mágico, que não deixa minha pressão subir, mesmo que esteja atravessando um período complicado de vida. Como está ocorrendo atualmente, por causa dessa terrível pandemia que pegou o mundo.





Não me privei da vida normal com medo de COVID-19. Aproveitei a obrigatoriedade do home office para fazer em casa tudo o que fosse preciso, por estar presente lá. Não deixei de comemorar datas importantes, nem aniversários da família. Por sorte única, o único sobrinho que adoeceu pegou a praga visitando obras e só não morreu porque foi atendido com toda a atenção e novos tratamentos pelo Hospital Mater Dei.

Acreditava, como acredito, que o terror de adoecer é muito pior do que a doença propriamente dita. Tira a alegria da vida, o contato com amigos, o prazer de viajar, as simples e gratuitas alegrias da vida. Acho que é muito por causa disso que mantenho minha pressão dentro dos limites. Afinal de contas, alguma segurança temos que ter no dia a dia.