Divulgado em 2021, o estudo apontou que, no Brasil, 75% da população afirma pensar com frequência em seu próprio bem-estar mental. Oito em cada 10 brasileiros acreditam que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física.
O momento de incertezas, as perdas e o isolamento social ocasionados pela pandemia de COVID-19 reacenderam a importância do cuidado com os quadros de ansiedade, depressão e outros distúrbios de saúde mental.
Segundo Leonardo Antônio Ferreira, a relação de depressão com ansiedade é parecida com a relação entre diabetes e pressão alta, pois é muito difícil encontrar pacientes que tenham apenas uma das duas comorbidades.
O não tratamento pode acarretar o desenvolvimento de alterações relacionadas ao humor e fazer com que os sintomas se agravem e evoluam para outras questões, afetando o bem-estar de maneira geral. Assim como outros diagnósticos psiquiátricos, o burnout pode refletir em sintomas físicos, como tremor, suor, ataque de pânico, tontura e taquicardia.
“Diferentemente do jovem, que está constantemente observando o prejuízo do TDAH afetar suas tarefas na escola, por exemplo, isso pode não ocorrer nos adultos por conta de sua rotina. O público infantil, adolescente e jovem tende a sentir mais os efeitos, o que os leva a procurar ajuda e, consequentemente, serem mais diagnosticados”, destaca.
Ogliari ressalta que no ambiente escolar isso pode ser muito percebido, pois o TDAH resulta em dificuldade de concentração em atividades didáticas, por exemplo. A Associação Brasileira do Déficit de Atenção aponta que cerca de 3% a 5% das crianças de todo o mundo têm o transtorno.
Com isso, é possível desmitificar o tratamento psiquiátrico. As terapias buscam proporcionar acolhimento, mais qualidade de vida e maior percepção ao paciente, para que ele lide com as questões de saúde mental e tenha melhor qualidade de vida.