O processo é lento, e é preciso ser assim, porque depois que a criança vai para a casa dos “padrinhos” (pais que pretendem adotar), não tem como devolver. Criança não é mercadoria, não gostou, devolve para o abrigo. O pensamento tem que ser o mesmo de quando se tem um filho que nasce de uma gestação própria. Se seu filho dá algum problema, você vai entregá-lo em um abrigo? Vai dá-lo para alguém? Então, como escolhe uma criança para adotar, passa meses se encontrando com ela, conhecendo-a, define que é esta a criança e depois de um mês vai devolvê-la? Isso para mim é incompreensível. Lembrando que isso só ocorre durante o processo de adaptação, pois a adoção é irrevogável.Se seu filho dá algum problema, você vai entregá-lo em um abrigo? Vai dá-lo para alguém? Então, como escolhe uma criança para adotar, passa meses se encontrando com ela, conhecendo-a, define que é esta a criança e depois de um mês vai devolvê-la?
ANNA MARINA
Mitos, verdades e desafios sobre a adoção de crianças no Brasil
Criança não é mercadoria. É preciso conscientizar a sociedade e assegurar o direito dos pequenos à convivência familiar