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Estado de Minas ANNA MARINA

Como prevenir acidentes domésticos?

Noventa por cento dos casos poderiam ser evitados. Raciocinar, agir e ter zelo são atitudes que impedem mortes desnecessárias


12/07/2022 04:00 - atualizado 12/07/2022 07:26

Ilustração da coluna anna marina
Idosos e crianças são os que mais sofrem acidentes em casa

A gente não imagina, mas os acidentes domésticos são mais comuns do que pensamos. Na maioria das vezes, é descuido da nossa parte. Tenho uma amiga que sempre que precisa pegar alguma coisa em uma prateleira mais alta, em vez de pegar aquela escada de três degraus sobe em um banquinho de três pernas, daqueles que são bem instáveis. Já cansei de falar que qualquer hora vai levar um tombo, mas ela nem liga.

Priscila Currie, primeira paramédica brasileira em Londres, enviou material para a coluna com uma informação curiosa e fez um importante alerta, além de dar dicas de prevenção. “Mesmo antes da pandemia, os piores acidentes que atendo acontecem na própria residência das pessoas e muitas vezes com consequências terríveis”, relata.

Portanto, a atenção e precaução fazem toda a diferença. Segundo o Ministério da Saúde, em 2019, foram registrados 18 mil acidentes domésticos no Brasil. Esse número pulou para 32 mil casos em 2020, porque ficamos mais tempo dentro de casa.

“Idosos e as crianças são os que mais sofrem acidentes em casa, porém já atendi muitos adultos também. É muito importante saber quais os cuidados necessários para conscientizar as pessoas e familiares”, explica Priscila. Os acidentes são as causas mais comuns de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil e, por ano, mais de 3,3 mil crianças morrem por esse motivo e 112 mil são internadas em estado grave.

O aumento se deu muito pelo isolamento social, no qual as crianças tiveram que ficar mais tempo em casa e com os pais tentando se desdobrar entre as tarefas do trabalho e atenção aos filhos. Priscila Currie diz que 90% dos acidentes poderiam ser evitados. Mas como se prevenir e agir? Confira a seguir:

Asfixia – Atenção com a idade da criança e brinquedos adequados para seus filhos. Atenção também para a qualidade desse brinquedo. Muitas vezes, o barato sai caro. A paramédica diz que as peças que soltam com facilidade e pilhas, por exemplo, são de fácil acesso e podem ser engolidas, causando asfixia. O engasgo por objetos pequenos é um grande risco para crianças menores de 5 anos.

Alimentação inadequada ou sem supervisão também é perigoso. Já cortinas e cordas de varal também são perigosas e causam enforcamento acidental.

Durante a amamentação, muita atenção ao volume de leite materno durante a mamada, principalmente de madrugada. A tradicional “arrotadinha” tem que acontecer antes de a criança deitar. Infelizmente, pode ocorrer a aspiração do próprio vômito, o bebê muitas vezes não consegue reagir naturalmente tossindo ou chorando. “Bebês não podem dormir de barriga para baixo. Bebês novinhos precisam dormir com a barriga para cima, e nunca na mesma cama dos pais, pois o sufocamento acidental também acontece.

Intoxicações – Atenção aos prazos de validade e higiene adequada dos alimentos. Produtos químicos e medicações devem ser mantidos longe do alcance das crianças e de idosos.

Quedas – Mantenha a iluminação adequada nas escadas, evite tapetes próximos tanto de descida quanto de subida e observar objetos que possam estar soltos nos degraus. Não andar de meias dentro casa. Escadas precisam de corrimão no mínimo de um lado, mas ideal dos dois lados. Escadas precisam ter portões trancáveis para que crianças pequenas não desçam escadas sem supervisão. Idosos também precisam de ajuda.

Afogamentos – Mantenha a piscina coberta quando não estiver em uso e as banheiras vazias. Assim como baldes, bacias, tanques de lavar roupa e vasos sanitários.

Queimaduras – Durante o preparo de alimentos e uso de fogão, mantenha crianças fora do alcance. Prefira panelas com seus cabos voltados para trás e para dentro. Torradeiras, grills e micro-ondas não são inofensivos. Não deixe álcool, fósforos, isqueiros e produtos químicos perto desses locais e de aparelhos eletrodomésticos, pois podem causar incêndio e queimaduras sérias.

Não deixe à vista objetos pontiagudos (facas, raladores, por exemplo). Mesmo os idosos, devem ter precaução de manuseá-los.

“Nunca corra com objetos na mão. Até um lápis se torna uma arma fatal. Não é questão de ficarem paranoicos com tudo, mas raciocinar e ter zelo são atitudes que impedem acidentes e mortes desnecessárias. A prevenção é sempre melhor”, finaliza a paramédica.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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