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Estado de Minas SAÚDE

Saiba sobre a importância do aleitamento materno

Campanha do Unicef chama a atenção para a urgência da nutrição adequada na primeira infância


04/08/2022 04:00 - atualizado 04/08/2022 08:29

mulher amamentando bebê
Amamentação traz benefícios tanto para mães quanto para os bebês (foto: Pixabay/Divulgação)

O Unicef criou a Semana Mundial de Aleitamento Materno e definiu que seria sempre de 1º a 8 de agosto. Neste período, anualmente, é feita uma grande campanha voltada à alimentação saudável na primeira infância. Não precisamos dizer a importância do aleitamento materno nos primeiros meses de vida do bebê.

A campanha chama a atenção para a urgência da nutrição adequada na primeira infância, para o crescimento e desenvolvimento dos recém-nascidos, até os 6 meses, seguida da introdução alimentar do bebê e, então, englobando a alimentação de toda a família. Para orientar mães, pais e cuidadores sobre esse momento tão importante do desenvolvimento infantil, o Unicef lançou a campanha “Papei”.

O leite materno possui tudo de que o bebê precisa para o melhor desenvolvimento nos seus primeiros seis meses e é um alimento precioso nos anos iniciais da vida da criança, sendo grande aliado no enfrentamento da mortalidade na infância e desnutrição.

Para quem não sabe, o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os 5 anos, evita diarreia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão, leva a uma melhor nutrição e reduz a chance de obesidade. Além disso, o ato contribui para o desenvolvimento da cavidade bucal do bebê e promove o vínculo afetivo entre a mãe e filho.

Muitos estudos mostram que o bebê que é amamentado acaba apresentando maior escolaridade, o que impacta diretamente no seu desenvolvimento. O leite materno também garante à criança que ela cresça com menos riscos de hipertensão, diabetes e colesterol alto, por exemplo, trazendo uma evolução para a saúde pública como um todo.

Quando se fala em aleitamento materno, o foco é sempre a saúde do bebê, mas é preciso dizer que a mãe também recebe diversos benefícios. Amamentar até os seis meses diminui o risco de câncer de mama na mulher e ajuda no pós-parto, já que o útero se contrai e volta ao tamanho normal mais rapidamente. Algumas mulheres não conseguem amamentar por causa de mastites ou empedramento de leite, mas já existem bancos de leite, e o ideal seria recorrerem a eles para que os bebês recebam o precioso liquido.

Cristina Albuquerque, chefe de Saúde do Unicef no Brasil, reforça que o leite materno é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento infantil, dentro de uma perspectiva de cuidado integral, composta por cinco componentes inter-relacionados e indivisíveis: boa saúde; boa nutrição; proteção e segurança; cuidados responsivos; oportunidades de aprendizagem precoce.

Infelizmente, no Brasil, esse direito não é garantido a todas as crianças. Menos da metade das crianças (45,7%) recebe amamentação exclusiva até os seis meses, como recomendado pelas autoridades de saúde. Além disso, 10% das crianças menores de 5 anos já estão em sobrepeso, e 18,3% em risco de sobrepeso, segundo dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), de 2019.

Cristina diz que muitas vezes as famílias não têm informação suficiente sobre como cuidar da alimentação das crianças nessa etapa fundamental. Por isso, a campanha é tão importante, porque leva as informações de forma fácil e divertida.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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