Jornal Estado de Minas

DIA DOS PAIS

Psicólogo aponta alguns caminhos para uma paternidade saudável

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Recebemos um ótimo texto sobre a importância da presença do pai na vida dos filhos, escrito pelo psicólogo Rongno Rodrigues, que destacamos hoje, já que estamos próximo do dia deles.

“Quem é o seu herói?” Essa pergunta, na maioria das vezes, é respondida por grande parte das pessoas como “meu pai”, “meu padrasto”, “meu avô”, ou indicando uma figura paterna que teve grande importância na vida da pessoa, é quem estava ao lado em momentos bons e, principalmente, nos difíceis, transmitindo segurança.





Segundo o psicólogo e coordenador do curso de psicologia da Faculdade Pitágoras, Rongno Rodrigues, o indivíduo precisa crescer e se desenvolver tendo uma figura paterna por perto para que se torne um adulto saudável no aspecto emocional. Com as novas e diversas composições familiares, essa figura pode ser o pai, padrasto, tio, avô, familiar ou outro indivíduo que ocupe tal lugar.

“A figura paterna sempre esteve associada a proteção, diferentemente da figura da mãe, que é associada ao cuidado. Mas o pai, em geral, costuma ser o segundo vínculo mais forte da criança quando ela nasce. E um relacionamento saudável entre pai e filho reflete em diferentes áreas da vida social, pois ajuda no desenvolvimento da independência, confiança e nos relacionamentos com familiares, amigos e cônjuges”, explica o profissional.

Rongno aponta alguns caminhos para que a paternidade seja exercida de forma saudável, criando vínculos afetivos tanto para os filhos quanto para os pais.

Na infância, geralmente a mãe é a figura mais presente nos primeiros meses de vida das crianças, até por conta da amamentação e dos cuidados com o bebê. Mas os pais podem e devem ser mais participativos nessa fase, compartilhando tarefas, como trocar fraldas, ninar e incentivar a criança em brincadeiras. 





Tais atitudes criarão vínculos afetivos e confiança que poderão acompanhar os dois por toda a vida, tornando a convivência mais prazerosa. A presença e a participação do pai em atividades cotidianas, como reuniões e apresentações escolares, ensinando a andar de bicicleta, a nadar etc. Esses gestos contribuem para a formação de um adulto autoconfiante.

A adolescência é um dos períodos mais turbulentos do ser humano. O corpo e os hormônios estão em verdadeira ebulição e é nesta fase que algumas preocupações começam a rondar a nossa mente, como por exemplo o que fazer da vida, qual profissão seguir, que caminho tomar.

Segundo o psicólogo, essa é uma fase de transição para a vida adulta e os filhos buscam por referências que ajudem na tomada de decisões. Nesse momento, a figura paterna é fundamental, representando as questões com o mundo externo ao núcleo familiar. Por isso praticar a escuta é um passo importante que os pais devem desenvolver para criar um ambiente de acolhimento e compreensão para o adolescente.





Na fase adulta, a relação entre pai e filhos costuma estar mais madura, com uma comunicação mais livre e franca sobre os sentimentos, compartilhando os problemas de contas e a criação dos filhos/netos. O pai é aquele porto seguro, a figura que sempre buscamos quando estamos aflitos e que nos retorna à sensação de pertencer a um lugar, representação icônica da segurança familiar. 

“Sempre poderá haver problemas de relacionamento, pois são pessoas diferentes e com histórias de vida diferentes. Mas uma relação construída com afeto e compreensão permite que exista harmonia e seja mais saudável para ambos os lados”, explica Rodrigues.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)