"O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades."
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Realmente, vários autistas ficam isolados em seu mundo. Porém, o que temos visto são pessoas com o transtorno se destacando em várias áreas.
Provavelmente, o novo olhar da sociedade sobre as capacidades delas pode ter ganhado destaque por causa da série "The good doctor", disponível em plataformas de streaming e exibida pela TV Globo.
Existe na internet um podcast chamado Introvertendo, produzido por autistas adultos e com diálogos sobre o transtorno. Em setembro do ano passado, foi ao ar o episódio "Precisamos falar sobre autistas biscoiteiros", conduzido pelo jornalista Tiago Abreu e o youtuber e pesquisador Willian Chimura, ambos autistas.
A dupla recebeu a estudante de fonoaudiologia Germanna Parreiras e o estudante de ciências da computação Bruno Fillmann, também autistas. Biscoiteiros são pessoas que produzem publicações nas redes sociais, como Instagram, com o objetivo de ganhar curtidas sem, necessariamente, ter preocupação com a qualidade do conteúdo.
Hoje, às 19h, será realizada live do projeto Histórias que Inspiram, no perfil @userockfella, com o objetivo de compartilhar experiências de pessoas que vivenciam e defendem bandeiras de diversidade e inclusão. A convidada é a modelo Maria Eduarda Rosa (@maduardars), de Florianópolis, de 22 anos.
Maria Eduarda tem autismo nível 1 e, por meio de seu trabalho, promove a visibilidade e o respeito às pessoas que têm o transtorno.
O projeto é uma iniciativa da Rockfella Moda Rock’n Cult (@userockfella) em parceria com a Agência de Modelos Gas Models (@gasmodelsfloripa), da qual Madu faz parte há cerca de um ano.
A modelo recebeu o diagnóstico de autismo quando já era adulta. A partir daí, abraçou a causa. "Tento conscientizar as pessoas sobre o tema, tanto nas redes sociais quanto no dia a dia", ressalta a jovem, que também é estudante do curso de terapia ocupacional na Universidade Federal do Paraná.
Madu explica que um dos maiores problemas que enfrenta é a invalidação constante de seu quadro. "Quando utilizo os direitos previstos em lei, como assento ou fila preferencial, as pessoas me olham, me julgam. Já chegaram a me insultar", conta. "Isso ocorre porque elas não têm conhecimento sobre a deficiência, que no meu nível é invisível, pois difere do estereótipo do autismo mais severo."
A modelo espera que seu ingresso no mercado da moda dê mais visibilidade para o autismo, esclarecendo sobre a diversidade das manifestações, ou seja, as diferentes dificuldades vividas por quem tem o transtorno.
"Além disso, quero mostrar para os próprios autistas que é possível trabalhar com moda ou qualquer outra coisa com a qual eles sonhem. Quero inspirar outras pessoas", ressalta Madu.