Quanto mais pontos de atendimento à saúde, melhor. Afinal, Belo Horizonte tem crescido bastante. O Hospital Evangélico (HE), conhecido por seu atendimento filantrópico, é referência em tratamento renal. Na semana passada, o grupo inaugurou mais um serviço que o coloca em destaque. Abriu um centro de especialidades, no bairro Funcionários.
O novo ponto é uma ação do HE para captar recursos que ajudarão a custear atendimentos gratuitos e via Sistema Único de Saúde (SUS). É voltado para pacientes de convênios médicos parceiros e procedimentos particulares. A estrutura pode receber, em média, 3 mil pacientes/mês, e a unidade atenderá a várias especialidades, incluindo todos os tipos de cirurgia, além de oferecer exames laboratoriais e de diagnóstico.
Perseu Perucci, superintendente executivo do Hospital Evangélico, informa que esta é a décima unidade de negócios do grupo. Representa mais uma fonte de receita para manter a sustentabilidade financeira da instituição filantrópica, que atende 75% via SUS e 25% de pacientes de convênios e particulares.
Com a transferência da unidade para um imóvel independente, será feita a ampliação do pronto-atendimento (PA) do hospital, no Bairro Serra, para atendimentos de urgência e emergência a pacientes de convênios e particulares em diversas especialidades.
Está prevista a ampliação do CTI, com a abertura de 21 leitos e do bloco cirúrgico, o que possibilitará ampliar a capacidade via SUS, principalmente para cirurgias eletivas.
Atualmente, o Hospital Evangélico de BH tem parceria com os convênios Ipsemg, Bradesco, Cemig, Amil, Cassi, CNEM, Copass Saúde, Saúde Itaú, Funsa, Fusex, Golden Cross, Happy Vida, Medservice, Polícia Militar, Use Saúde, Correios e Fiat, entre outros.
Já que estamos falando do Hospital Evangélico, no primeiro semestre ele lançou cartilha para auxiliar pacientes renais crônicos que estão iniciando a hemodiálise. Como disse, o HE é referência em tratamento de doenças renais, com quatro centros de nefrologia. Trata-se do maior fornecedor do SUS em Minas Gerais, com cerca de 3 mil pacientes atendidos.
A cartilha “Prepare-se para a jornada do acesso vascular” traz todas as informações necessárias para os pacientes. O material é resultado da parceria entre a instituição e a equipe da doutora Jennifer Flythe, pesquisadora da área de nefrologia da Universidade da Carolina do Norte (EUA).
O médico Tiago Lemos Cerqueira, coordenador de ensino, pesquisa e inovação em saúde do Hospital Evangélico, mestre em pesquisa clínica pela Universidade de Dresden, na Alemanha, e membro da Sociedade Americana de Nefrologia, explica que a diálise requer o preparo físico do paciente por causa da implantação do acesso.
A cartilha detalha os prós e contras de cada método. Cada paciente precisa de um tipo de procedimento. O tratamento é individualizado, mas o importante é que a pessoa saiba que precisa ter atenção e cuidar ao máximo dos acessos para evitar novas cirurgias e complicações.
No Brasil, a cada ano, 20 mil pacientes renais crônicos recebem indicação médica para o tratamento com hemodiálise, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). O problema está diretamente relacionado às condições de vida.
Alimentação saudável, exercícios físicos regulares e ingestão de bastante água ajudam a evitar danos aos rins, mas o tratamento e o controle de fatores de risco como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares e tabagismo são as principais formas de prevenção. Na maioria dos casos, o diagnóstico precoce ajuda a evitar o avanço da doença.