Jornal Estado de Minas

ANNA MARINA

Moda entre os jovens, cigarro eletrônico traz uma série de riscos

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Teve uma época em que fumar tinha virado uma coisa “out”. Salvo engano, foi quando aprovaram as leis impedindo o ato de fumar em locais fechados. Fumantes ficaram indignados, os não fumantes aplaudiram, e muita gente largou o cigarro. Não tenho dados estatísticos, mas acredito que a indústria de tabaco deve ter sofrido queda significativa. Porém, pouco tempo depois, o quadro mudou e houve um crescente de fumantes novamente. Esse cenário aumentou na pandemia. Segundo informações, muitos ex-fumantes voltaram ao vício no período do lockdown.





Mas o que cresceu mesmo foi o uso do cigarro eletrônico, que, apesar de ter sua venda proibida desde 2009, impera nas rodas. Não vende aqui, mas vende lá fora, e é fácil conseguir. Estou impressionada com a quantidade de pessoas que estão fazendo uso do cigarro eletrônico. Nas últimas festas, casamentos e coquetéis a que fui, para todo lado que olhava tinha gente fumando, e outra coisa que chamou minha atenção foi a quantidade de jovens fazendo uso desse objeto, que é sabido ser prejudicial para a saúde. A prova disso é que a Fundação do Câncer e a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) estão promovendo uma campanha com o mote "Cigarro eletrônico: parece inofensivo, mas não é" para alertar os jovens sobre os perigos desse cigarro.

Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que os cigarros eletrônicos viraram uma febre e seus efeitos nocivos no corpo podem ser até maiores que os dos cigarros comuns. Para não falar abobrinha, dei uma pesquisada no assunto. Quando tratamos desse assunto sob uma ótica psicológica, é possível destacar vários efeitos destrutivos para o ser humano que podem ser, muitas vezes, irreversíveis.

Os cigarros eletrônicos são utilizados como uma alternativa para fugir do cigarro convencional. De diversos formatos e sabores, eles ganharam o mercado e são classificados pelos usuários como um lazer por serem mais práticos, além de ter odores diversos, o que viralizou seu uso, virando tendência entre as tribos.





Apesar de conter apenas vapores de nicotina líquida, eles têm mais de 80 substâncias tóxicas e potenciais carcinogênicos que, associados ao incremento do metal e com o uso prolongado, provocam diversos sintomas negativos para a saúde dos usuários, como falta de ar, cansaço, aumento dos riscos cardiovasculares, potencial de intoxicação, vômitos, náuseas, tosse, febre, dores no peito, perda de peso, depressão respiratória, doenças pulmonares e câncer.

Ainda dentro da cesta dos malefícios causados pelos dispositivos eletrônicos para fumar, podemos também incluir os sintomas psicológicos que, segundo a psicanalista Andréa Ladislau, podem gerar um efeito ainda mais destrutivo, principalmente se o usuário já tiver algum tipo de transtorno ou neurose associada.

De acordo com Andréa, estudos já comprovaram que a ansiedade pode atingir níveis ainda mais elevados, propiciando a potencialização da síndrome do pânico e também da depressão em casos mais graves. Sem falar na dependência psicológica, que induz a uma falsa sensação de felicidade, a partir de sua atuação no cérebro, que desencadeia uma necessidade de fumar mais e mais. Ao inalar as toxinas do vapor, a pessoa tem a sensação de calmaria e prazer. Sem as tragadas, aumentam os níveis de estresse, muda o humor e aumenta a irritabilidade.

A grande verdade é que, seja eletrônico ou convencional, o cigarro representa sérios riscos para a saúde humana. Ser ou se tornar um viciado é uma sentença de morte. É preciso resgatar o equilíbrio e eliminar o vício provocado pelos eletrônicos e/ou convencionais para garantir a saúde plena do ser humano.