Acreditem, a artrose acomete cerca de 15 milhões de pessoas no Brasil. Você já foi chamado de Zé das Dores ou de Maria das Dores de tanto gemer de dor a cada movimento? Pois muita gente já. Conviver com dores crônicas, que se estendem por meses e anos, passando de mero sintoma a doença, é desafiador tanto para quem sente quanto para a família que convive com pessoas assim.
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A combinação de dor, deficiência física e isolamento social é uma grande carga, que pode desencadear todo tipo de emoção e sentimento.
Artrose não tem cura. Geralmente, ela se dá pelo excesso de peso. Quando ocorre de a pessoa emagrecer e o peso sobre o joelho diminuir, ela se estabiliza, mas não desaparece.
De acordo com a especialista em neuropsicologia Rosencilda Albano da Silva, a compreensão das pessoas que convivem com o paciente é a ajuda mais preciosa que se pode oferecer. É preciso que todos entendam o motivo da dor e não a subestimem. Perguntar como a pessoa está se sentindo, se a dor permanece, o que ela está fazendo e do que ela necessita gera acolhimento.
A dor crônica pode resultar em dor psíquica. Além do apoio de amigos e familiares, o suporte de um psicólogo ou psiquiatra pode ser fundamental. Ainda que a dor persista, a vida continua, portanto, é preciso aprender a passar por ela da melhor maneira possível.
Entre os tratamentos para a fase inicial, considerados paliativos, está o uso de medicamentos como anti-inflamatórios, analgésicos, pomadas e infiltrações. Também é recomendada fisioterapia com recursos térmicos, aparelhos e exercícios. E repouso, sempre que possível, para diminuir a pressão sobre as cartilagens.
No caso de quadros mais severos e avançados, a única alternativa é a substituição total da articulação do joelho por próteses ortopédicas (artroplastia). A boa notícia é que com os avanços da medicina robótica, esse tipo de cirurgia passou a apresentar resultados promissores, com rápida recuperação pós-cirúrgica, assim como rápido retorno à rotina de atividades diárias, livres das dores.
O problema é que muitas pessoas têm medo da cirurgia e, por isso, o desgaste do organismo chega ao nível máximo. Tenho uma prima que não tem mais cartilagem, sofre com dores homéricas porque o fêmur já encontra com o osso da perna. Ela prefere sofrer a enfrentar a cirurgia. Anda com enorme dificuldade.
De acordo com o ortopedista Moisés Cohen, com o avanço das próteses, das técnicas e da medicina robótica, a recuperação do paciente é mais rápida. Geralmente, no dia seguinte à colocação da prótese total com o auxílio das plataformas robóticas, o paciente já consegue se sentar e ficar em pé, dando os primeiros passos com ajuda de um andador. É quando começam as sessões de fisioterapia para que ele possa voltar a se locomover gradativamente e realizar as atividades do dia a dia com autonomia.
(Isabela Teixeira da Costa/Interina)