Quando o assunto é beleza e estética, as pessoas querem saber tudo, conhecer as novidades e, geralmente, acabam experimentando o que está mais em voga. Normalmente, essa “balança” que define o que está em alta são as amigas e o que está sendo mais comentado na mídia e nas redes sociais.
O problema é que nem tudo que está nas redes sociais é o melhor, porque as influencers e celebs recebem para postar; portanto, se o dindim está entrando, ninguém vai falar mal. E é exatamente aí que mora o perigo.
Não estou fazendo nenhum julgamento, sou totalmente a favor de usar o que tem de bom disponível no mercado para melhorar nossa saúde, corpo, imagem. O problema é o exagero e fazer tratamentos desnecessários ou cedo demais.
Uma das técnicas mais requisitadas e conhecidas no mercado é a harmonização facial. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, entre 2014 e 2019, o número desse procedimento subiu de 72 mil para 256 mil ao ano, levando em conta apenas os feitos em homens, crescimento de 255%.
A harmonização é uma técnica de preenchimento facial que alinha e corrige os ângulos da face sem precisar de cirurgia, tornando os traços mais harmônicos e joviais, gerando grande equilíbrio entre a região do rosto. Ops, isso não é uma máxima. Pelos resultados que tenho visto por aí, em muitos casos o tiro sai pela culatra e muitas pessoas acabam perdendo muito de sua beleza com essa técnica.
Outra técnica que me deixa com a pulga atrás da orelha é a bichectomia, que remove tecidos gordurosos da região da bochecha. Por ser relativamente nova, não se sabe ainda o que acontece com o rosto da pessoa a longo prazo, ou seja, quando envelhecer. Com o avanço da idade, há, naturalmente, um emagrecimento e o rosto afina. Se já foi afinado com cirurgia, como ficará mais velho? O problema é que as pessoas só pensam no agora. Depois, vão chorar sobre o leite derramado.
Outra área que tem alcançado sucesso com muita discussão e rodas de conversas de mulheres é o mercado de rejuvenescimento íntimo feminino. Elas buscam pelo bem-estar, autoconhecimento e o fortalecimento de sua autoestima. A cada dia que passa se sentem mais à vontade de viver sua sexualidade e curtir seus desejos com mais liberdade.
A redução natural da produção do colágeno a partir dos 30 anos também é percebida na vagina e na vulva, principalmente na menopausa, pela queda do estrogênio. O envelhecimento genital, constatado na flacidez dos grandes lábios e no ressecamento vaginal, e queixas, como assimetrias e fissuras, pode levar a desconfortos e deixar as mulheres menos confiantes.
A intervenção médica tem o objetivo da melhoria estética e funcional da vulva, principalmente dos grandes e pequenos lábios. Muitas mulheres procuram o tratamento para aproveitar plenamente a sua sexualidade e maturidade, se sentirem bem e diminuir os desconfortos da chamada síndrome urogenital. Por que não?
Agora, chegou mais uma novidade, a cirurgia plástica para harmonizar a panturrilha, com implante de prótese de silicone. A procura pelo procedimento vem crescendo ao longo dos anos, as pessoas têm investido cada vez mais na simetria das pernas.
As próteses utilizadas no implante da panturrilha são dos mesmos materiais usados nos seios, sendo o tamanho e formato a critério do paciente. Homens e mulheres podem realizar a mudança, desde que estejam em dia com a saúde e se planejem para os cuidados após a cirurgia.
A área da perna tem vários vasos e artérias importantíssimos para a circulação do corpo todo, por isso é necessário redobrar os cuidados depois de um procedimento nessa região. Meias compressoras e repouso absoluto nos 10 primeiros dias após a cirurgia são cuidados fundamentais. Além disso, é importante que o paciente evite alongar ou contrair o músculo operado, assim como realizar caminhadas e subir e descer escadas.