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ANNA MARINA

Câncer de mama: conheca as três perguntas básicas que podem salvar vidas

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Entramos no Outubro Rosa, a primeira campanha criada para alertar sobre uma doença grave e que pode ser curada com a prevenção correta: o câncer de mama. Não precisamos falar do sucesso que ela alcançou; prova disso foram as inúmeras campanhas que surgiram usando meses e diversas cores para destacar outras doenças. A segunda prova do sucesso é o aumento de mamografias feitas pelo SUS, que cresceram 40% desde o início dessa ação.





A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama propõe três reflexões como forma de encorajar o diagnóstico precoce, informar sobre novos tratamentos e informar a população sobre o câncer de mama.

Segundo a mastologista Maira Caleffi, presidente voluntária da Femama, o cenário da doença no Brasil exige atenção e não faltam dados que apontem essa emergência, agravados pela pandemia da COVID-19.

Uma em cada 12 mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama no Brasil – 95% dos casos têm chance de cura quando tratados na fase inicial.

É preciso cobrar mais investimentos na atenção primária, nos postos de saúde, que são a porta de entrada no SUS para solicitar exames de mama, realizar biópsias em até trinta dias (Lei 13.896/2019) e iniciar o primeiro tratamento via SUS em, no máximo, 60 dias após o diagnóstico (Lei 12.732/12).As três perguntas que salvam são:

1. Sabia que descobrir antes aumenta as chances de cura?
Quando diagnosticado e tratado na fase inicial da doença, as chances de cura do câncer de mama chegam a 95%. Mantenha seus exames em dia, cuide de você e de quem você ama.





2. Você conhece os tratamentos para cada tipo de câncer?
Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rápido, enquanto outros crescem lentamente. Questione o seu médico e mantenha uma rotina saudável.

3. Você conhece os avanços da ciência para tratar o câncer de mama?
Os avanços científicos e tecnológicos nos últimos 10 anos trouxeram novas perspectivas para o combate ao câncer. Exames que permitem a identificação precoce de tumores, novos medicamentos, imunoterapia, marcadores moleculares e técnicas de cirurgia minimamente invasivas fortaleceram o arsenal terapêutico. O acesso a essas novidades permite que pacientes com câncer vivam mais e melhor.

A predisposição hereditária nos casos de câncer de mama é tema que vem sendo cada vez mais estudado. Cerca de 5% das pacientes com esse tipo de câncer apresentam síndrome genética, é  bom lembrar. 





Os painéis NGS (Next Generation Sequencing), por meio da análise do DNA, buscam identificar variantes nos genes relacionados a essas síndromes. 

Esses exames são realizados a partir da simples coleta de sangue e podem ser úteis para orientar tanto a prevenção quanto o tratamento de pacientes.

Segundo o chefe da oncogenética da Dasa Genômica, Henrique Galvão, quando se encontra uma variante é possível optar por cirurgias redutoras de risco, o que diminui consideravelmente as chances de aparecimento de câncer no futuro.

Além de definir condutas médicas, o painel de câncer hereditário é importante também para o acompanhamento de familiares. Se for identificado um fator genético, é possível testar os parentes e acompanhá-los mais de perto, ajudando a prevenir novos casos.

“É importante lembrar que esses genes podem estar alterados também nos homens, e o risco aumentado para câncer de próstata deve ser considerado”, alerta o médico Henrique Galvão.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)