Isabela Teixeira da Costa/Interina
Uma reclamação constante de homens e mulheres tem sido a perda capilar ou o afinamento dos fios, o que reduz bastante o volume dos cabelos. A queixa é antiga, mas cresceu muito depois da COVID-19, porque um dos efeitos colaterais de quem teve a doença é a queda dos cabelos.
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O que provoca afinamento capilar? Na grande maioria dos casos, o afinamento capilar é um sintoma de um problema maior: a alopecia androgenética. “Causada por fatores hereditários, a alopecia androgenética é caracterizada por uma queda contínua dos cabelos, que são substituídos por fios cada vez mais finos e menores até a interrupção total do crescimento”, afirma o especialista.
“Nos homens, esse processo ocorre geralmente no topo e na parte frontal da cabeça, podendo causar a calvície total dessas áreas, preservando as laterais. Já nas mulheres, o afinamento capilar pode afetar toda a cabeça, mas de forma difusa e não simultânea, além de dificilmente causar calvície total”, diz.
Além da genética, outros fatores também podem influenciar e pioram o quadro, como mudanças hormonais. “Alterações na tireoide e desequilíbrios nos níveis de cortisol em momentos de estresse, dos hormônios andróginos, como a testosterona, e dos hormônios femininos em fases, como a menopausa e a gestação, podem provocar e acentuar o afinamento dos fios”, alerta o médico.
Segundo ele, a alimentação também desempenha um papel importante nesse processo. “Alimentação restritiva, dietas pobres em proteína, longos períodos de jejum e deficiência de ferro e zinco, por exemplo, também pioram o quadro.”
O que fazer? É fundamental visitar o médico para confirmação do diagnóstico. “A alopecia androgenética é uma condição progressiva, que piora rapidamente se não for tratada. O melhor é procurar um dermatologista o quanto antes para iniciar o tratamento”, recomenda o especialista.
É preciso parar de usar químicas no cabelo? “Toda química pode agravar o processo de afinamento e queda capilar, porque a realização de tinturas e escovas progressivas agridem a estrutura capilar, desde a cutícula até o córtex, causando a desproteinização e a ruptura dos fios. Caso já esteja apresentando sinais de queda, é importante evitar esses procedimentos até que o quadro seja controlado”, alerta o dermatologista.
Com relação a cosméticos e cuidados em casa, Daniel diz que a higienização pode ser feita normalmente. Quem tem couro cabeludo mais oleoso pode lavar os cabelos diariamente, enquanto quem tem o cabelo mais seco pode realizar o cuidado em dias alternados.
O ideal é usar shampoos mais naturais e livres de lauril sulfato de sódio. O dermatologista poderá, inclusive, recomendar shampoos com ativos que contribuam para fortalecer e acelerar o crescimento dos fios e para equilibrar a microbiota do couro cabeludo. O condicionador deve ser evitado.
Seque utilizando suavemente uma toalha e espere secarem completamente antes de penteá-los. Nunca durma com os fios molhados. Evite secador e chapinhas, mas, se usá-los, aplique o protetor térmico.