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SAÚDE

Obesidade é doença crônica, mas pode ser prevenida

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Isabela Teixeira da Costa/Interina

Já é de conhecimento geral que o número de obesos na população com mais de 20 anos saltou de 12,2% para 26,8%, de 2003 até 2019. Considerada epidemia no Brasil, a obesidade favorece o surgimento de diversas doenças graves, mas pode ser combatida e prevenida. Como sou ex-obesa, não posso deixar de falar deste tema, principalmente hoje (11/10), Dia Nacional de Prevenção à Obesidade e Dia Mundial da Obesidade.





A nutróloga Marcella Garcez explica muito bem que a obesidade “é doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Define-se um indivíduo como obeso quando este apresenta índice de massa corporal (IMC) maior que 30, sendo que as principais causas do problema incluem alimentação desbalanceada, principalmente rica em açúcar e gorduras, e sedentarismo, ou seja, a falta de prática regular de atividades físicas”. A proporção de pessoas com excesso de peso na população com 20 anos ou mais é de 61,7%.

A médica alerta que a obesidade é um fator de risco para o aumento do colesterol e doenças cardiovasculares, pois o excesso de gordura favorece o acúmulo de placas de colesterol nas artérias coronárias responsáveis por irrigar o coração, aumentando a predisposição para condições como hipertensão, infarto, insuficiência cardíaca e tromboembolismo, e também pode sobrecarregar os rins. 

A diabetes tipo 2 é outra doença muito preocupante associada à obesidade, porque o abuso de açúcar e carboidratos faz com que o organismo se torne resistente à insulina.

Como tudo na vida, uma das principais ações para evitar a obesidade começa dentro de casa, pela educação alimentar e pelo incentivo à prática de esporte ou qualquer atividade física. E isso é muito importante, porque 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos são obesas, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos.





O acesso crescente à tecnologia está fazendo com que as crianças deixem de realizar brincadeiras presenciais, como, por exemplo, correr e pular corda. A somatória de menos atividade física, alimentação industrializada e o maior uso de telas tem levado crianças, adolescentes e adultos à obesidade.

A mudança alimentar pode começar pela escolha dos alimentos que vão para a escola na lancheira das crianças. Já existem no mercado bebidas prontas para consumo enriquecidas com fibras e cálcio, que ajudam a suprir a necessidade desse nutriente, tão importante para o desenvolvimento ósseo.

Na primeira etapa da infância, a criança começa a ampliar sua alimentação e seleciona os alimentos pelo sabor, cor, experiências sensoriais e texturas, e assim vai aperfeiçoando o paladar. No lugar de sucos de caixinha, salgadinhos e biscoitos recheados, que tal fazer um lanche saudável?

A nutricionista Alessandra Luglio explica que o ideal é sempre priorizar alimentos in natura, de preferência orgânicos ou minimamente processados. 





O importante é evitar ao máximo os ultraprocessados, cheios de aditivos, a exemplo de biscoitos, salgadinhos, mistura para bolo, produtos congelados e prontos para consumo.

A nutróloga Marcella Garcez alerta: “Evite consumir junk foods e alimentos industrializados e ricos em sal, açúcar e gorduras. No lugar, aposte na ingestão de frutas, verduras, legumes, grãos, alimentos integrais e carnes magras. Incluir atividades físicas é importante. O ideal é fazer exercícios físicos pelo menos três vezes por semana, de preferência caminhada, corrida, natação e ciclismo, que estão entre as práticas mais simples e eficientes para o controle do peso.”