Todo mundo prefere ficar ao lado de pessoas bem-humoradas e que riem mais, a ficar com pessoas que são muito sérias e reclamam. Isso ocorre pelo simples fato de que as primeiras são mais leves e alegram a convivência, enquanto as outras são pesadas, acabam contaminando a gente com seu mau humor.
De acordo com Mauro Felix, professor de psicologia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, esse ato simples é recomendado por especialistas sobre comportamento.
“Falar de felicidade, na ciência, não é tarefa fácil, pois cada ser humano a ressignifica conforme a experiência subjetiva que tem em relação ao tema. Para Martin Seligman, fundador da psicologia positiva, é possível definir a felicidade por meio da vida prazerosa, de engajamento, significado e sentido”, afirma Felix.
O psicólogo Martin Seligman apresentou os caminhos que levam à felicidade, destacando a forma como as pessoas convivem e interagem publicamente.
“A vida prazerosa está relacionada à busca por relacionamentos, amizades e experiências capazes de proporcionar alta concentração, quantidade, frequência e intensidade de emoções positivas, tanto no âmbito pessoal quanto no coletivo, por meio de experiências relacionadas a diversão, orgulho e gratidão”, ressalta o professor.
Seligman defende que quanto mais aprendemos habilidades para maximizar as emoções positivas, mais recursos temos para melhorar o que estamos sentindo. Felix afirma que procurar rir através de experiências prazerosas pode, sim, ser estratégia de melhoria para a saúde.
“Rir é uma das formas de manter o humor elevado, que pode levar a experiências de prazer. A vida significativa é a experiência de vivenciar atividades que estejam relacionadas àquilo que valorizamos, ou seja, quando conseguimos encontrar atividades em que possamos servir e pertencer a algo maior envolvendo as nossas virtudes”, observa.
Quando o bom humor e o riso são compartilhados, podem unir as pessoas e contribuir para o estado de felicidade. Rir fortalece o sistema imunológico, aumenta a energia, diminui a dor, protege dos efeitos do estresse e muito mais. O sorriso ajuda a manter o equilíbrio emocional, relaxa, aumenta a autoestima e o alto-astral. Sorrir rejuvenesce, aumenta a longevidade e ajuda a manter a elasticidade da pele. Não é à toa que o ditado diz que rir é o melhor remédio.
Se você não acredita nisso, veja os efeitos do sorriso: libera substâncias químicas associadas ao bem-estar, ou seja, endorfina; estimula o sistema imunológico, reduzindo o estresse e aumentando o número de células imunes e anticorpos que combatem infecções; alivia a tensão física e o estresse; faz bem para o coração, porque aumenta o fluxo sanguíneo, melhorando o desempenho dos vasos, o que nos protege de ataques cardíacos e outros problemas cardiovasculares.
Um sorriso pode reduzir a ansiedade e o medo, pois reduz o hormônio cortisol, responsável por sentimentos negativos. Compartilhar sorrisos gera relações de confiança. Sorrir ajuda a resolver conflitos e atrai pessoas. Nem é necessário sorrir de forma física visível, basta o sorriso interno para aliviar as questões da mente.