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COMPORTAMENTO

Burnout e cansaço castigam o trabalhador; aprenda a lidar com eles

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O esgotamento profissional, também conhecido como síndrome de Burnout, foi incluído na Classificação Internacional de Doenças pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde janeiro deste ano. De acordo com a instituição, o esgotamento se refere especificamente a fenômenos relativos ao contexto profissional.





O burnout pode ter diversas causas, mas a principal é o excesso de trabalho, tornando-se muito comum em profissionais que atuam diretamente sob pressão e com responsabilidades constantes.

De acordo com a psicóloga Cristiane Duez, tais fatores estão frequentemente aliados a questões emocionais, que agravam a pressão assimilada pelo profissional.

Os sintomas mais frequentes da síndrome de Burnout são a fadiga constante e progressiva, exaustão emocional, distúrbio do sono, dificuldade em relaxar, despersonalização (“não sou mais como antes”), percepção negativa de si, redução de eficácia, dificuldade de concentração, ansiedade e depressão.

Já o cansaço é manifestação física ou mental causada por excesso de esforço. O indivíduo apresenta indisposição e falta de energia para fazer alguma coisa. Geralmente, indica falta de tempo para descansar. 





Cristiane Duez explica que o cansaço tem como causa a sobrecarga profissional, como excesso de trabalho, preocupação em demasia, cobranças e autocobranças exageradas.

“Prolongada, esta situação pode evoluir para o burnout. O momento de procurar ajuda é quando o incômodo paralisa o indivíduo, interferindo em sua rotina e em suas relações”, afirma.

Monik Moura, fundadora da Vem Prevenir e especialista em medicina preventiva e social, dá cinco dicas para prevenir o bournout:

1. Estabelecer boa comunicação interna. Um problema que gera grandes confusões em ambientes de trabalho é o ruído entre mensagens internas. A comunicação efetiva e respeitosa diminui a possibilidade de conflitos e gera melhores resultados. A escuta ativa da equipe permite identificar e resolver problemas antes que eles causem maior desgaste e preocupação.

2. Liderar com empatia. Importar-se com o bem-estar do colaborador, valorizando os esforços das equipes, traz maior motivação e evita insatisfação. O funcionário se sente à vontade para reportar ao superior tanto as coisas boas quanto as ruins. Isso é importante.





3. Estimular o bom relacionamento entre colegas. O mau relacionamento com colegas de trabalho pode acarretar enormes dificuldades. A empresa precisa auxiliar esse convívio, promovendo boa interação da equipe, gerando cooperação e menos exclusão e isolamento.

4. Cuidados com a saúde – Possibilitar o fácil acesso a cuidados em saúde traz tranquilidade para o colaborador. A busca por resultados e a pressão por desempenho afetam a mente do trabalhador. Manter um ambiente de trabalho seguro previne problemas de saúde.

5. Valorizar momentos de pausa e descanso. Todo mundo gosta de ter um momento para descansar ou conversar com o colega de trabalho. Pausas adequadas contribuem para o bem-estar físico, mental e social dos colaboradores.