Jornal Estado de Minas

ANNA MARINA

Grifes nordestinas chamam a atenção do mundo com criações artesanais

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis



Quando você pensa em moda brasileira, certamente o que vem à cabeça é a mistura de cores, texturas e estampas. E é assim que nossa moda é reconhecida pelo mundo: por sua pluralidade. Não só por isso, pois o tema da sustentabilidade, que envolve o uso de materiais naturais e recicláveis, vem chamando a atenção.





A mão de obra artesanal, aliada ao design, também caracteriza a moda do Brasil, que cada vez mais compõe o look dos estrangeiros.

Muito desse sucesso é fruto do apoio de dois projetos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o TexBrasil e o Fashion Label Brasil, mantidos em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e com a Associação Brasileira dos Estilistas (Abest).

O podcast da ApexBrasil, na série “Histórias de sucesso”, explica como funciona a ação, destacando nossas empresas que vestem o mundo.

A cearense Catarina Mina é uma das 400 marcas autorais apoiadas pelo Fashion Label Brasil, criado há cerca de 17 anos em parceria com a Abest. Especializada em crochê, começou em 2005 com a mão de obra de costureiras e artesãs, que hoje trabalham em casa e renda mensal garantida.





Celina Hissa, fundadora e designer da marca, conta que exporta para 17 países e segue participando de feiras internacionais em Berlim, Nova York e Milão.

O Fashion Label Brasil foca no design e trabalha com produtos variados, abrangendo vestuário, calçados e acessórios apenas de marcas autorais, como a Catarina Mina. A ideia é ampliar as possibilidades de micro e pequenas empresas conquistarem novos mercados.

Por sua vez, o TexBrasil, realizado em parceria com a Abest, tem como foco toda a cadeia de confecção, incluindo têxteis, tecidos técnicos, não-tecidos, vestuário, produtos de cama, mesa e banho. Atuante há 22 anos, participou de 450 edições de feiras internacionais, apoiou cerca de 1,6 mil marcas na trilha da exportação e já movimentou US$ 9 bilhões em negócios.

Blusa da marca pernambucana Marie Mercié (foto: Marie Mercié/reprodução)
Por meio do TexBrasil, a pernambucana Marie Mercié foi a única marca nordestina na feira Who's Next, realizada em Paris, em 2022. Mércia Moura, fundadora da empresa, fechou negócios com varejistas de Israel, Arábia Saudita, Grécia, Itália, França, Reino Unido e Estados Unidos. Tais resultados não seriam possíveis sem o apoio da ApexBrasil, diz Mércia, que já vende diretamente para seis países.





Além do sucesso das camisas femininas, conhecidas por conjugar modelagens clássicas com rendas e bordados regionais, a Marie Mercié é respeitada por sua história de 35 anos ligada ao empoderamento das mulheres e ao desenvolvimento socioeconômico da Zona da Mata Norte de Pernambuco. A marca surgiu no distrito de Itambé, em 1985.

Mariele Laís Christ, gestora dos projetos setoriais da ApexBrasil, afirma que o TexBrasil e o Fashion Label Brasil apresentam resultados significativos quanto ao posicionamento da moda brasileira no mundo.

“Por meio da participação em feiras, showrooms, missões comerciais, rodadas de negócio e desfiles no exterior, além do desenvolvimento de campanhas de marketing e branding setorial, esses projetos expandem mundialmente os horizontes da moda brasileira. Além disso, capacitam marcas a iniciar exportações ou a exportar cada vez mais”, ecplica Mariele.

Mércia Moura e Celina Hissa são o exemplo de que a moda brasileira está revelando, cada vez mais, seu potencial sustentável e criativo. E isso tem chamado a atenção do mundo.