Por pensar que não viveria tanto, fui levando a vida numa boa, até que a chamada idade me pegou. Para ajudar leitores que, como eu, pensam pouco na idade, a coluna publica o artigo de Kathia Schmider, nutricionista e coordenadora técnica da Abiad – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres:
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E os brasileiros têm vivido mais por quê? A ciência e a indústria têm papel fundamental nesse cenário.
Nutrição, medicina, psicologia, educação física e fisioterapia são algumas das áreas necessárias para criar o ambiente favorável para o envelhecimento saudável.
É importante fazer uma observação. Quando falamos em saúde do idoso, não devemos considerar que essa pessoa possui as mesmas condições fisiológicas de um jovem adulto.
A pessoa idosa saudável tem boas condições de saúde, mas seus órgãos e sistemas apresentam um certo 'desgaste' ocasionado pelo tempo. Com isso, pode apresentar uma ou outra doença crônica e ainda assim ser considerada saudável, pois tem autonomia e independência, realiza suas atividades de vida diária, trabalha e tem lazer.
Cito aqui dois fatores de risco bastante comuns advindos pela idade mais avançada, que podem ser controlados: a perda da massa óssea e da massa muscular.
Especialmente as mulheres, após a menopausa, sofrem com perda de massa óssea, que causa enfraquecimento dos ossos e aumento expressivo do risco de fraturas. Isso é fato.
Porém, como cada pessoa vai entrar nesse momento depende do seu estilo de vida pregresso.
Quanto mais saudável foi essa pessoa e, no caso dos ossos, o quanto de reserva de cálcio ela fez, melhor ela entra nessa fase, reduzindo riscos de acidentes. Bem como a perda de massa muscular, fator que, no passado, era pouco divulgado.
Idosos perdem volume dos músculos e, consequentemente, força. Como uma das funções do sistema muscular é proteger o esqueleto, com a redução de sua capacidade, a coluna vertebral, bacia e joelhos ficam mais expostos a dores, contusões e fraturas. Associado a essa perda muscular, há o aumento do risco de quedas pela perda de equilíbrio, aumento da dificuldade em subir e descer escadas ou mesmo se levantar de cadeiras.
Voltando ao assunto da ciência e da indústria como fatores essenciais ao aumento da longevidade, os dois exemplos acima, perda das massas óssea e muscular, são situações retardáveis do estágio primário (quando não há sintomas) até o terciário (quando se atua para reduzir os prejuízos funcionais de um problema já instalado), tendo na alimentação e na atividade física seus maiores aliados.
Dietas adequadas com reforço proteico e de alguns nutrientes, a exemplo do cálcio, somadas à atividade física são recomendações específicas para esses dois casos.
Esta dupla 'alimente-se bem e mexa-se' apresenta excelentes resultados em qualquer pessoa idosa.
Ao mesmo tempo, por ter fatores de risco associados ao envelhecimento, é importante idosos terem orientação profissional para questões nutricionais e de atividade física, como consumo adequado de suplementos alimentares, redução da ingestão de açúcar e sal e qual o tipo e intensidade de prática física mais indicada para o seu perfil, limitações e necessidades.
Quer envelhecer bem? Minha dica é: pratique sempre a dupla ‘alimente-se bem e mexa-se’.”