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Estado de Minas ANNA MARINA

Obesidade está entre as causas do câncer

Tecido gorduroso pode provocar estado inflamatório sistêmico, contribuindo para elevar os níveis de hormônios que promovem crescimento de células cancerígenas


06/01/2023 04:00 - atualizado 06/01/2023 02:27

Homem obeso olha para campânula de vidro, onde está cruz que simboliza saúde
(foto: Maure/CB/D.A Press)

“Praticar atividades físicas regularmente faz muito bem para a saúde. Os benefícios dos exercícios frequentes estão comprovados em estudos publicados ao longo dos anos. As recomendações são para a prevenção de doenças como o câncer e para problemas cardiovasculares”, afirma o especialista Ramon Andrade de Mello, professor de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Ramon Andrade de Mello destaca que até mesmo pacientes em tratamento oncológico podem se exercitar. “Pessoas que passam por quimioterapia e radioterapia geralmente apresentam fadiga. Por isso, é importante ter avaliação médica e orientação sobre a melhor atividade física nessa etapa. Manter repouso constante pode levar à perda de massa muscular e prejudicar a saúde”, alerta o especialista.

As pesquisas mostram que é preciso praticar, no mínimo, 150 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade vigorosa. Seja qual for a opção, o importante é começar e não parar.

“Se você não conseguiu fazer alguma atividade física em uma semana, retome na próxima. Pequenas mudanças de hábitos também ajudam, como descer alguns pontos de ônibus antes da sua parada e trocar o elevador pelas escadas”, sugere o oncologista.

Reduzir o índice de massa corporal ajuda a prevenir cerca de 30% das doenças oncológicas. Segundo Ramon Andrade de Mello, o tecido gorduroso pode provocar estado inflamatório sistêmico, contribuindo para elevar os níveis de determinados hormônios que, por sua vez, promovem o crescimento de células cancerígenas.

O excesso de peso está associado a cerca de 13 tipos de câncer – entre eles, tumores no esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado e mama, entre outros. No Brasil, a obesidade vem se tornando problema de saúde pública. Estimativa da World Obesity Federation, organização internacional promotora da redução, prevenção e tratamento da obesidade, mostra que 30% da população adulta brasileira deve ser obesa em 2030.

Dados da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 2021, mostram que 22% da população brasileira adulta já apresenta obesidade.

“Precisamos mudar já nossos hábitos. As autoridades públicas na área de saúde têm um grande desafio pela frente. A adoção de medidas preventivas contribui para melhorar a saúde da população, bem como reduzir futuros gastos com tratamentos onerosos de doenças que poderiam ser evitadas. É fundamental que cada cidadão comece, hoje mesmo, a cuidar um pouco mais de sua saúde”, conclui o oncologista Ramon Andrade de Mello.

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