Para alguns, os olhos são a porta de entrada para o rosto, pois, por meio deles, é possível expressar sentimentos, emoções e, até mesmo, sensações. Porém, com o passar do tempo, os olhos podem sofrer alterações em sua anatomia externa, como nas pálpebras e bolsas, o que modifica o rosto e o deixa com ar cansado e envelhecido.
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Como há receio em realizá-la, já que estigmas sem embasamento científico continuam presentes no meio social, o oftalmologista lista seis mitos e verdades sobre a blefaroplastia. Confira a seguir:
1. O procedimento da blefaroplastia tem apenas serventia estética
Mito. Os problemas estéticos realmente podem fazer com que o rosto ganhe aparência envelhecida ou assimétrica, prejudicando a autoestima das pessoas. No entanto, a flacidez nessa região pode acarretar outros problemas relacionados à saúde ocular, como a redução da visão periférica e a diminuição do campo de visão, dificultando e restringindo a prática de atividades diárias simples. “O procedimento auxilia não só esteticamente, como também no caso de desconforto do campo visual, causado pelo excesso de pele e sensação de peso nas pálpebras superiores”, afirma André Borba.
2. Pálpebras caídas podem não ser apenas excesso de pele
Verdade. “Muitas vezes, o aspecto de 'cansaço' ou 'sono' do olhar pode estar relacionado à perda da força do músculo responsável pela elevação da pálpebra. Nesse caso, o cirurgião deverá corrigir essa condição, chamada de ptose palpebral”, explica. Nesse cenário, é necessário buscar a opinião do especialista e realizar exames para identificar o verdadeiro propósito da cirurgia e a necessidade do paciente.
3. A cirurgia se restringe a jovens e adultos
Mito. Segundo o especialista, a cirurgia não tem nada a ver com idade, mas com a necessidade estética ou funcional de cada um. “Desde que se tenha indicação médica para realizar o procedimento, não há por que não fazê-lo e melhorar a autoestima e qualidade de vida do paciente”, destaca.
4. O pós-operatório é tranquilo e indolor
Verdade. A cirurgia é considerada indolor até mesmo no pós-operatório. “No máximo, ocorrerão um leve desconforto e a sensação de inchaço, pois a região dos olhos é delicada e sensível. Porém, o incômodo vai regredindo com o passar dos dias de recuperação. O procedimento, normalmente, é realizado com sedação, além da anestesia local, garantindo conforto e segurança no intraoperatório e afetando positivamente o pós-operatório”, comenta André.
5. Não é necessário fazer incisões no procedimento
Mito. Tanto no método tradicional quanto no procedimento a laser, é necessário realizar incisões. A diferença é a menor perda de sangue no método a laser. “Uma das vantagens do uso do laser é que uma das ponteiras realiza o resurfacing e, portanto, promove o tratamento da pele e o rejuvenescimento cutâneo. Muitas vezes, isso acaba sendo fundamental na retração do tecido cutâneo e diminuição das linhas e rugas palpebrais”, comenta o oftalmologista. No caso da presença de bolsas nas pálpebras inferiores, não há necessidade de incisões. O procedimento pode ser realizado internamente.
6. A cirurgia não deixa cicatrizes
Verdade. Vale lembrar que a recuperação e o resultado final dependerão de diversos fatores do pós-operatório. É necessário seguir todas as recomendações médicas para que não haja sequelas da cirurgia. “O processo de cicatrização da pele pode durar alguns meses até a definição do aspecto final, mas, durante esse tempo, podemos atuar para que o resultado seja o melhor possível”, finaliza o médico.