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ANNA MARINA

Paris Fashion Week exibe alta-costura de encher os olhos

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Para quem gosta de acompanhar a semana da alta-costura de Paris, nada melhor que ficar sabendo o que aconteceu por lá na semana que passou. A grife Chanel voltou a aparecer com força, não só por ter juntado à clássica linha de tailleurs muitas lantejoulas e dourados, como também por animar o desfile com bichos de papel, simulando uma feira popular.





A ideia era quebrar um pouco a tradicional exibição de luxo na semana de lançamentos. Virginie Viard, a nova diretora criativa da marca, buscou se afastar do universo extravagante do antecessor Karl Lagerfeld.
 
Alexis Mabille mostrou vestidos assimétricos (foto: Anne-Christine Poujoulat/AFP)
 
 
A coleção foi dominada pelo branco, com vestidos curtos e confortáveis. A alta-costura aparecia nos detalhes, em bordados e rendas excepcionais. Atração extra, a jaqueta foi adornada com uma cabeça de cachorro bordada. Vestidos e casacos da coleção são estruturados, justos ao corpo.

Os vestidos longos de gala mantêm uma linha simples, com combinações sem mangas, bordadas com flores. É a imagem da mulher que sai arrumada, mas sem excessos.
 
Algumas modelos desfilaram de chapéu-coco e gravata borboleta, chamando a atenção para os lábios vermelhos. Os sapatos são botas bicolores com ponta arredondada, numa combinação de preto e branco.




 
Para o tradicional vestido de noiva, Viard manteve a saia curta, os braços descobertos e gravata branca em volta do pescoço nu. A peça foi acompanhada por véu de tule com bordado igual ao do vestido.
 
Alexis Mabille mostrou sua coleção na sede da Christie's de Paris. Clássica, repleta de vestidos assimétricos, paletós com mangas bufantes e casacos que estendem o pescoço para esconder a cabeça da modelo, estilo que faz lembrar Balenciaga.
 
Julien Fournié, outro estilista francês, decidiu destacar o papel fundamental que oficinas de bordados indianos desempenham nas coleções, não só as dele, mas também de outras casas de moda.
Os vestidos de cetim ou lamê, bordados com primor pelo ateliê Shanagar, de Mumbai, foram acompanhados por tiaras vagamente no estilo anos 1960.
 
A saia veio longa atrás e curta na frente, ocasionalmente acompanhada por espartilho. Os vestidos de lamê ou tule, em tons dourados, são tubinhos justos no corpo.
 
O vestido de noiva foi o completo oposto da Chanel, uma demonstração de opulência, com camadas de organza sobrepostas e um dramático bordado geométrico nas costas. A noiva não precisa de véu, pois um acessório branco imaculado, cravejado de contas douradas, prende seus cabelos.