Jornal Estado de Minas

ANNA MARINA

Brasil lidera o ranking da depressão e ansiedade na América Latina

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Ansiedade, solidão e estresse não são males de agora. Contudo, os acontecimentos dos últimos anos intensificaram ainda mais esses e outros problemas mentais. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 720 milhões de pessoas – aproximadamente 10% de toda a população do planeta – lidam com transtornos mentais.





Com 11,5 milhões de casos, o Brasil lidera o ranking da depressão e ansiedade na América Latina, que tem quase 19 milhões de padecentes.

De acordo com a Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital, de 2021 para 2022, houve crescimento de 22,1% nos atendimentos totais de telemedicina realizados e de 1.290% nas consultas de psicologia e psiquiatria – salto de 2.852 para 35.898 atendimentos no ano.

Registrou-se aumento de 36,5% no número de pacientes diagnosticados com transtornos de ansiedade e de 14% naqueles com quadros de depressão.

“A saúde mental da população sofreu mudança expressiva nos últimos anos. Em particular, destaca-se o aumento dos casos de ansiedade, sintomas de pânico e depressão. As razões vão do receio de morrer, que se tornou mais presente após a pandemia, à exaustão emocional”, informa Karen Valeria da Silva, coordenadora de psicologia da empresa Docway.

Entre os quadros de transtornos ansiosos mais comuns, segundo levantamento da Docway, estão a ansiedade generalizada, com crescimento de 113%, e o transtorno misto ansioso e depressivo, com aumento de 49%.

No mesmo relatório, constata-se que a prevalência de episódios depressivos leves cresceu 773%, saltando de 76 para 664 casos no período.





Tendo em vista a situação preocupante vivida atualmente, a psicóloga reforça a importância do acompanhamento psicológico e de ações preventivas, como a campanha Janeiro Branco, que tem o objetivo de chamar a atenção da população para questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional.

“O acompanhamento terapêutico e/ou psiquiátrico ajuda na flexibilização de pensamentos, aumenta o repertório de habilidades sociais, auxilia a diminuir os sintomas de ansiedade e possibilita que a pessoa possa retornar a suas atividades rotineiras”, explica.

“O autoconhecimento permite ao paciente melhor controle de suas próprias emoções e cognições, a fim de alcançar uma vida saudável e funcional”, completa Karen Silva.