É muito comum ouvirmos que as artérias do coração ficaram “entupidas” com placas de gordura, impedindo seu bom funcionamento. Porém, o diagnóstico é ainda mais complicado quando essa coronária está calcificada, dificultando a de- sobstrução por meio dos métodos convencionais.
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O uso dessa tecnologia traz ainda mais vantagens, como evitar a cirurgia aberta, que representa maior risco de mortalidade, utilizar a anestesia local e permitir um pós-operatório mais tranquilo, com rápida recuperação.
Segundo o cardiologista, outro benefício é que esse método é extremamente simples e resolutivo. “Conseguimos fazer uma dilatação de uma lesão que não conseguiríamos em alguns casos, pois não havia recurso para tratar. Agora com a litotripsia é possível resolver o problema com eficiência”, esclarece Ferreira.
Representa uma evolução nos tratamentos coronarianos e uma inovação no Brasil, e a tecnologia está disponível na Rede Mater Dei. “Nosso primeiro caso foi transmitido ao vivo no Congresso Brasileiro de Cardiologia e Hemodinâmica para compartilhar esse conhecimento com todos. Desde então, já operamos mais de 20 pacientes, com ótimos resultados. Temos esse compromisso de trazer ao Brasil as tecnologias mais avançadas e seguras para o paciente e um bom exemplo é a litotripsia intracoronariana”, afirma Henrique Salvador, médico e presidente da Rede Mater Dei de Saúde.
Nesse novo tratamento, um cateter balão, com soro fisiológico e contraste, é colocado na coronária. O balão é posicionado de forma que encoste na parede do vaso, justamente onde estão as placas de cálcio. Ondas de ultrassom se propagam até a parede do vaso e provocam a fratura da placa de cálcio em pequenos fragmentos. Rompida essa barreira, o stent é implantado no vaso para restabelecer o fluxo sanguíneo.
Há duas opções de tratamento convencional. A primeira consiste em dilatar o vaso utilizando um balão com altas pressões, técnica considerada parcialmente bem-sucedida. Caso o procedimento não surta efeito, é usada outra tecnologia, a aterectomia rotacional. Nela, um cateter, que funciona como uma broca, pulveriza a placa de forma mais trabalhosa e complexa. A desvantagem é que, por meio dessa metodologia, nem sempre é possível desobstruir totalmente as artérias e, em alguns casos, é necessário partir para uma cirurgia aberta.