As marcas italianas brilharam em Milão na última semana, apresentando coleções femininas outono-inverno 2023-2024 em ambiente otimista, embora de cautela depois de um ano de recordes de vendas. A Semana de Moda teve início na quarta-feira passada com os grandes desfiles de Fendi, Roberto Cavalli e Etro. A programação incluiu cerca de 70 desfiles e 29 eventos culturais.
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Paralelamente aos desfiles, exposições marcaram o ritmo das noites na cidade italiana, como a do artista americano Bill Viola, no Palácio Real, e a do fotógrafo francês Guy Bourdin, no Museu Armani/Silos.
Kim Kardashian voltou a participar de um evento organizado pela Dolce&Gabbana para celebrar a exposição Ciao Kim, com a curadoria dela.
Miuccia Prada e Raf Simons revelaram sua nova coleção para a Prada na sede da fundação da casa milanesa. Foram seguidos por MM6 Maison Margiela, Emporio Armani e Moschino. Tod's abriu os desfiles de sexta-feira, no Hangar Bicocca, seguido por Gucci e Jil Sander. No dia seguinte, foi a vez de Dolce&Gabbana, Ferragamo, Missoni e Bottega Veneta. Giorgio Armani fechou a temporada com sucesso no domingo.
Apesar do conflito na Ucrânia e do contexto marcado por inflação e crise energética, as marcas de luxo anunciaram resultados recordes em 2022. A LVMH, dona das italianas Fendi, Bulgari e Loro Piana, registrou 79,2 bilhões de euros (R$ 433 bilhões) em vendas, 23% a mais do que em 2021.
O grupo Kering anunciou lucro líquido de 14%, de 3,6 bilhões de euros (R$ 19,7 bilhões) em 2022. Os números do ano passado apresentados pela Câmara Nacional da Moda Italiana confirmam que a indústria do país resistiu à pressão econômica.
Este ano de 2023 começou com um sentimento de otimismo, mas o setor prefere se manter cauteloso. As empresas ainda sentem o golpe de ter absorvido aumentos de preços para evitar repassá-los ao consumidor final.
“Diante do aumento dos preços na cadeia de abastecimento da ordem de 7,1%, os preços faturados ao consumidor subiram apenas 1,5%”, destacou o presidente da Câmara Nacional da Moda, Carlo Capasa, em entrevista coletiva. O volume de negócios do setor deve crescer 4% este ano, contra 18% em 2022.