Jornal Estado de Minas

ANNA MARINA

Ação preventiva é fundamental para diagnóstico precoce de doenças femininas

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis


Para reduzir a incidência e a evolução de doenças que afetam a saúde feminina, ações preventivas reforçam a importância do diagnóstico precoce. As três doenças comuns entre as mulheres, os respectivos diagnósticos e tratamentos são bem conhecidos:

Câncer de mama

É a neoplasia com maior incidência, com exceção do câncer de pele não melanoma, entre as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2022 os novos casos de câncer de mama representaram 30% do total de tumores malignos no público feminino.





De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (Fidi), gestora de serviços de diagnóstico por imagem, o número de mamografias realizadas nas unidades onde a instituição atua, em São Paulo e Goiás, apresentou aumento de 30,5% no ano passado.

Exames de rastreamento são fundamentais, além do estilo de vida saudável com dieta balanceada, atividade física, redução do consumo de álcool e reposição hormonal com acompanhamento médico.

Vivian Milani, médica radiologista da Fidi, afirma que, além do autoexame, é muito importante que exames periódicos sejam sempre realizados, pois nem sempre o nódulo é o único sintoma do câncer de mama.





“Alguns nódulos e calcificações não palpáveis só podem ser detectados por meio da mamografia”, alerta Vivian.

O diagnóstico precoce contribui para o tratamento mais assertivo, aumentando as chances de cura. “O uso de biossimilares, em terapias conjugadas com quimioterapia, tem combatido de forma eficaz o câncer de mama, além de contribuir para a ampliação do acesso a tratamentos oncológicos”, comenta Maria Cristina Figueroa Magalhães, oncologista parceira da Biomm, pioneira em biomedicamentos no país.

De acordo com a especialista, o tratamento com trastuzumabe apresenta resultados positivos para casos de câncer de mama em estágio inicial, bem como metastáticos, independentemente da fase da doença. A terapia com trastuzumabe pode ser aplicada antes ou após a cirurgia e ser associada à quimioterapia, hormonioterapia ou a outro anticorpo.

Endometriose

Dados da Associação Brasileira de Endometriose apontam que de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) correm o risco de desenvolver endometriose, com 30% de chance de terem dificuldade de engravidar.





O funcionamento anormal do organismo faz com que as células do tecido que reveste o útero (endométrio), em vez de serem expulsas durante a menstruação, migrem para os ovários ou cavidade abdominal. Os sintomas mais comuns são cólica, dor pélvica crônica, dor na relação sexual, infertilidade e alteração nos tratos intestinal e urinário.

O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. “Ultrassom e  ressonância magnética são amplamente utilizados para confirmar a endometriose, pois permitem a visualização das lesões”, diz Melissa Kuriki, diretora da área médica da Fujifilm.

O tratamento se baseia em analgésicos e anti-inflamatórios para amenizar os episódios de dor. Há casos que exigem bloqueio hormonal ou intervenção cirúrgica.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

Causada por disfunção hormonal, a doença pode ocasionar irregularidade menstrual, aumento anormal dos níveis de hormônios masculinos no corpo da mulher (hiperandrogenismo), microcistos nos ovários e, em casos mais graves, infertilidade.





O diagnóstico é feito por meio de ultrassom transvaginal e exames laboratoriais para identificar a dosagem de hormônios. Embora não tenha cura, há tratamentos eficazes para garantir a melhoria da qualidade de vida, como uso de medicamentos para controle da produção de hormônios masculinos, do ciclo menstrual e da fertilidade.

“A tecnologia tem permitido que os exames de imagem apresentem cada vez mais acurácia nos diagnósticos. O ultrassom transvaginal analisa com precisão a saúde dos ovários e do útero, ajudando o médico definir o melhor tratamento de acordo com o perfil da paciente” explica Melissa Kuriki.