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ANNA MARINA

Fitoterapia é tratamento de saúde seguro, afirma especialista

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O uso de medicamentos derivados de plantas naturais sempre foi bastante discutido. Há quem diga que eles nunca trouxeram benefícios e quem os aponte como os primeiros remédios essenciais para a humanidade. Fato é que a fitoterapia, técnica que estuda as funções terapêuticas de plantas e vegetais para prevenção e tratamento de doenças, vem sendo amplamente debatida por médicos, nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde com o objetivo de melhorar o organismo e ajudar no combate de doenças.





De acordo com José Ribas, da Clínica Reviv, o medicamento fitoterápico é obtido por intermédio de uma planta medicinal ou, até mesmo, de parte dela ou de seus derivados. Além disso, possui uma parte da substância que pode ser isolada com finalidade profilática, paliativa ou curativa. Esses produtos naturais auxiliam nos benefícios clínicos e na abordagem terapêutica do paciente.

Ribas afirma que a técnica é altamente segura, pois favorece abordagem terapêutica não medicamentosa, ou seja, sem grandes riscos que estratégias dos medicamentos tradicionais podem acarretar.

“A estratégia é usar o fitoterápico como equilíbrio tanto na base anti-inflamatória quanto na defesa do sistema imunológico, no reparo de tecidos e no equilíbrio hormonal, cujo intuito é favorecer a busca pela melhora clínica que o paciente precisa”, pontua o médico.

José Ribas explica que tais efeitos também podem ser potencializados via consumo de chás, pois a ingestão diária de duas ou três porções tem função clínica. A função antioxidante ocorre por meio de suas características bioquímicas, com o objetivo de auxiliar a qualidade de vida e a correção anti-inflamatória.





A energia e o melhor funcionamento da função mitocondrial são outros dois pontos em que os chás atuam.

Já os fitoquímicos encontrados diretamente nas plantas atuam como forma de defesa e prevenção de algumas doenças, estratégia usada de forma coadjuvante na abordagem terapêutica, desempenhando, no organismo, funções específicas no que diz respeito tanto à função antioxidante quanto anti-inflamatória, antifúngica e antibactericida, além de estimularem o sistema imunológico.

A utilização de fitoterápicos é feita estrategicamente para auxiliar alguns tratamentos, sendo permitida no país via regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O intuito é oferecer benefícios clínicos aos pacientes, sem toxicidade. Mesmo se utilizados em altas doses em nosso organismo, eles atuam nos receptores hormonais ou nos marcadores inflamatórios, sinalizando melhoras na biogênese mitocondrial e otimizando os processos de inflamação e oxidação gerados pelo estilo de vida inadequado.





O médico explica que há diversas vantagens em relação ao uso de fitoterápicos. No entanto, o que valida esses benefícios é a escolha correta do que será usado. Entre os resultados mais comuns estão a redução de células carcinogênicas, o controle dos radicais livres, o estímulo ao sistema imunológico e a redução da inflamação gerada pelo estilo de vida. Além disso, há o potencial de regular hormônios, atuar no equilíbrio da função estrogênica e, até mesmo, nos marcadores como a insulina.

Outras funções, de acordo com José Ribas, passam pela redução dos danos relacionados ao DNA, e ajudam no mecanismo de reparo do próprio corpo, o que proporciona, além de benefícios clínicos, um envelhecimento saudável.

O fitoterápico é uma forma de auxílio para quem tem ansiedade ou depressão. A lavanda, por exemplo, é rica em linalol e linalila, substâncias químicas que auxiliam na redução desses quadros, além de melhorar a qualidade do sono, e nos reparos teciduais das nossas células.

O mulungu e a passiflora também auxiliam nos quadros de ansiedade e depressão. “A junção de um conjunto de fitoterápicos, como estratégia suplementar ou como utilização em chás e fórmulas fitoterápicas elaboradas em farmácias de manipulação, pode contribuir para o reparo de determinadas patologias”, garante o médico José Ribas.