O uso de medicamentos derivados de plantas naturais sempre foi bastante discutido. Há quem diga que eles nunca trouxeram benefícios e quem os aponte como os primeiros remédios essenciais para a humanidade. Fato é que a fitoterapia, técnica que estuda as funções terapêuticas de plantas e vegetais para prevenção e tratamento de doenças, vem sendo amplamente debatida por médicos, nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde com o objetivo de melhorar o organismo e ajudar no combate de doenças.
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“A estratégia é usar o fitoterápico como equilíbrio tanto na base anti-inflamatória quanto na defesa do sistema imunológico, no reparo de tecidos e no equilíbrio hormonal, cujo intuito é favorecer a busca pela melhora clínica que o paciente precisa”, pontua o médico.
José Ribas explica que tais efeitos também podem ser potencializados via consumo de chás, pois a ingestão diária de duas ou três porções tem função clínica. A função antioxidante ocorre por meio de suas características bioquímicas, com o objetivo de auxiliar a qualidade de vida e a correção anti-inflamatória.
A energia e o melhor funcionamento da função mitocondrial são outros dois pontos em que os chás atuam.
Já os fitoquímicos encontrados diretamente nas plantas atuam como forma de defesa e prevenção de algumas doenças, estratégia usada de forma coadjuvante na abordagem terapêutica, desempenhando, no organismo, funções específicas no que diz respeito tanto à função antioxidante quanto anti-inflamatória, antifúngica e antibactericida, além de estimularem o sistema imunológico.
A utilização de fitoterápicos é feita estrategicamente para auxiliar alguns tratamentos, sendo permitida no país via regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O intuito é oferecer benefícios clínicos aos pacientes, sem toxicidade. Mesmo se utilizados em altas doses em nosso organismo, eles atuam nos receptores hormonais ou nos marcadores inflamatórios, sinalizando melhoras na biogênese mitocondrial e otimizando os processos de inflamação e oxidação gerados pelo estilo de vida inadequado.
O médico explica que há diversas vantagens em relação ao uso de fitoterápicos. No entanto, o que valida esses benefícios é a escolha correta do que será usado. Entre os resultados mais comuns estão a redução de células carcinogênicas, o controle dos radicais livres, o estímulo ao sistema imunológico e a redução da inflamação gerada pelo estilo de vida. Além disso, há o potencial de regular hormônios, atuar no equilíbrio da função estrogênica e, até mesmo, nos marcadores como a insulina.
Outras funções, de acordo com José Ribas, passam pela redução dos danos relacionados ao DNA, e ajudam no mecanismo de reparo do próprio corpo, o que proporciona, além de benefícios clínicos, um envelhecimento saudável.
O fitoterápico é uma forma de auxílio para quem tem ansiedade ou depressão. A lavanda, por exemplo, é rica em linalol e linalila, substâncias químicas que auxiliam na redução desses quadros, além de melhorar a qualidade do sono, e nos reparos teciduais das nossas células.
O mulungu e a passiflora também auxiliam nos quadros de ansiedade e depressão. “A junção de um conjunto de fitoterápicos, como estratégia suplementar ou como utilização em chás e fórmulas fitoterápicas elaboradas em farmácias de manipulação, pode contribuir para o reparo de determinadas patologias”, garante o médico José Ribas.