As mulheres amam o resultado de uma maquiagem bem-feita, mas nem todas gostam de gastar um tempo precioso para “corrigir” cada imperfeição da pele. Manchas, irregularidades de textura da pele, cicatrizes de acne, danos causados pelo sol e melasma, entre muitas outras coisas, ainda geram certa dependência da pele facial pelos pigmentos.
Mas é possível ter uma pele perfeita sem recorrer à maquiagem? “Uma pele naturalmente bonita deve ser saudável e ter uma rotina de cuidados adequados a cada tipo, idade e época do ano”, afirma a dermatologista Lilian Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Segundo a médica, “bons hábitos de vida são pilares essenciais: alimentação equilibrada, sono de boa qualidade, exercícios regulares, evitar bebida alcoólica e tabagismo são fundamentais para a manutenção da beleza da pele. É claro, o uso do fotoprotetor adequado torna-se prioridade, já que é ele que impede a maioria dos danos ao maior órgão do nosso corpo, a pele.”
“A visita ao dermatologista também se faz necessária, uma vez que a evolução no campo das tecnologias permite tratamentos cada vez menos invasivos e com resultados expressivos para melhorar a qualidade da pele”, acrescenta o dermatologista Renato Soriani, membro da SBD e expert em tecnologias dermatológicas. Os médicos explicam abaixo os principais tratamentos para uma pele saudável e bonita:
• Lasers de picossegundos: Picossegundo é igual a um segundo dividido por trilhões, ou seja, trilionésimos de segundos. O laser de tratamento de manchas, ao ser aplicado, é capaz de “despedaçar” o pigmento, ou seja, ele é espatifado em pedaços muito menores, o que facilita ao organismo eliminar esses pigmentos com menos efeito colateral.
• Toxina botulínica: Atua na musculatura evitando contração e fraturas da pele. No entanto, é um tratamento que deve ser feito frequentemente, de duas a três vezes ao ano, pois possui durabilidade de quatro meses.
• Preenchimento: O ácido hialurônico hidrata e traz vitalidade à pele, pois atrai moléculas de água entre as células. Nos tratamentos estéticos, essa substância é usada como preenchedor, pois proporciona volume às áreas tratadas, melhora o contorno facial e promove uma aparência mais harmônica.
• Radiofrequência microagulhada: Cada agulha emite radiofrequência para aquecer as camadas do tecido cutâneo, estimulando a produção de colágeno e elastina e firmando a pele. O procedimento é rápido, mas os resultados não são imediatos, surgindo gradualmente e melhorando conforme mais sessões são realizadas. Geralmente, recomendamos de duas a três sessões, mas esse número pode variar caso a caso.
• Ultrassom microfocado: A energia de ultrassom é focada em um ponto abaixo da superfície da pele, concentrando-se em uma área de aproximadamente 1,5 mm cúbico por ponto. O aquecimento ocorre na derme e no sistema superficial do músculo aponeurótico através de pontos de coagulação. Trata-se de um tratamento cuja ação é dentro da pele, não gerando nenhum tempo de inatividade. O músculo sofre uma contração imediata ao ser atingido pelos pontos de coagulação. O objetivo é encurtar o músculo para tracionar a pele para cima, resultando em um efeito lifting não cirúrgico.
• Bioestimulador de colágeno: As substâncias utilizadas geralmente são o ácido polilático ou a hidroxiapatita de cálcio; quando aplicados, provocam uma inflamação muito controlada que provoca estímulos e aumento do número de fibroblastos, causando uma maior produção de colágeno naquela região. É uma técnica muito interessante para promover sustentação da pele; o bioestimulador é aplicado nas bochechas, mandíbula, queixo, têmporas e pescoço, conforme indicação.
• Radiofrequência multifracionada: É uma técnica que utiliza a radiofrequência para melhorar a pigmentação, poros e textura da pele. É pouco agressivo, indolor e permite uma recuperação muito rápida. Os dermatologistas argumentam que, em alguns casos, é necessária a associação de técnicas para produzir os efeitos desejados. “De qualquer forma, procure sempre um médico para a indicação correta do procedimento a ser realizado”, diz a Dra. Lilian.