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ANNA MARINA

Pesquisa mostra como o celular domina a vida do homem moderno

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Fábio de Castro, filho da minha saudosa amiga Helena, foi quem me telefonou contando que estavam vendendo, num endereço no Bairro Gameleira, um telefone celular. Sem fio, ele nos acompanharia por todo lado. E completou: “Vale a pena comprar, é tão barato que se não funcionar, não arruína ninguém.”





Não me lembro do preço. Fui lá, comprei e levei até para os Estados Unidos. Mas deixei de lado quando meu marido morreu. Quando explico hoje que não tenho celular, me olham como se eu fosse uma doida. Tenho horror da vida paralela das pessoas com esse aparelho, que as acompanha até ao banheiro.

O certo é que 50 anos depois da primeira chamada de telefone celular, feita em 3 de abril de 1973, a empresa Sinch realizou pesquisa na área de telefonia móvel, com base em dados captados em plataformas de serviço ao consumidor na nuvem. O levantamento revela que o celular é, de fato, vital no cotidiano: quase 72% dos participantes nem sequer imaginam um fim de semana longe do aparelho, enquanto 56% suportam ficar sem ele, no máximo, por uma hora.

A pesquisa aponta que os dispositivos móveis continuarão sendo o meio ideal para a comunicação com amigos, familiares e empresas nos próximos 50 anos. A ligação de Martin Cooper, considerado o “pai” do telefone celular, de uma calçada na Sexta Avenida, em Nova York, inaugurou a era da mobilidade. O consumidor prefere desistir da academia (41%), da TV (25% dos millennials) ou mesmo do sexo (22% dos entrevistados da Geração Z) a abrir mão do celular.





O mundo da comunicação móvel, hoje, é muito diferente daquele de 1973. As pessoas contam com maior facilidade de comunicação entre si e com as empresas. Além disso, esperam ter experiências personalizadas com as marcas que consomem e interagir com elas.

Questionadas sobre possíveis novidades em 2073 que poderiam complementar as tecnologias de texto, bate-papo, e-mail e voz, 38% previram que a maioria das comunicações ocorrerá no metaverso ou nos mundos virtuais; 28% esperam que implantes móveis conectados à internet compartilhem pensamentos; 25% usarão a realidade aumentada; e, por fim, 34% acreditam que continuaremos a usar mensagens de texto.

“Com a primeira chamada de telemóvel, há 50 anos, nasceu a revolução nas comunicações. Este estudo mostra a importância do celular para nossa vida cotidiana, ao destacar o grande número de pessoas dispostas a desistir de suas coisas favoritas em favor do telefone”, disse Robert Gerstmann, cofundador da Sinch.





“Claramente, as empresas que podem convidar os clientes para uma verdadeira conversa bidirecional, seja por texto, telefone, aplicativo social, e-mail ou chatbot, serão as vencedoras hoje e nos mundos móveis de amanhã. No entanto, as empresas muitas vezes batalham para oferecer experiências personalizadas em escala porque canais, ferramentas e comunicações estão isolados e não foram projetados para trabalhar com o cliente no centro. Na pesquisa, podemos observar como a demanda do consumidor fará com que as empresas mudem”, ressaltou.

O levantamento aponta que a pessoa prefere se comunicar com as empresas da mesma forma como o faz com os amigos, por meio de conversas fluidas em vários canais. As mensagens de texto foram classificadas como a maneira favorita de conversar com uma empresa, seguidas de perto por chamadas de voz e e-mail. No entanto, 36% dizem que mensagens de texto de negócios são muito impessoais. Um em quatro entrevistados se revela frustrado quando não pode responder à mensagem de texto de negócios.