Considerado órgão nobre e imprescindível à vida, o rim tem a função de filtrar o sangue e regular os fluidos, hormônios, ácidos e sais no corpo. Por meio disso, elimina substâncias nocivas ao organismo. Mas alguns fatores podem levar à perda da função dos rins, problema chamado de lesão renal aguda ou de doença renal crônica.
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Neste caso estão também a síndrome hepatorrenal, quando uma doença grave do fígado leva à disfunção dos rins, e coágulos nas veias do rim, como em doenças que aumentam a coagulação.
“Nos casos pós-renais, temos as obstruções ao fluxo de urina, com pedras nos dois ureteres, tumores obstrutivos, como o câncer de colo de útero, e a fibrose no retroperitônio”, enumera.
A importância de dividir a etiologia da lesão renal aguda (antigamente chamada de insuficiência renal aguda) é justamente entender o mecanismo do problema, para assim combatê-lo e tratá-lo, evitando que a lesão se propague e se torne irreversível.
Em outro panorama, mais grave, há a doença renal crônica (antes denominada insuficiência renal crônica), caracteristicamente progressiva. “Ou seja, não há retorno para a função renal adequada, podendo inclusive chegar ao último grau de disfunção dos rins (grau 5), aquele em que somente a diálise ou o transplante podem salvar a vida do paciente”, prossegue a especialista.
No Brasil, a doença mais prevalente que vai destruindo as funções dos rins é a hipertensão arterial sistêmica (pressão alta).
“Silenciosa, a hipertensão não dá sintomas. O diagnóstico precisa ser realizado o quanto antes, através da medição da pressão arterial acima de 140x90mmHg. Nos Estados Unidos, essa medida é ainda mais conservadora. Lá, se você tiver pressão acima de 130x80mmHg, já deve iniciar o tratamento para hipertensão”, explica Caroline Reigada.
A segunda doença mais importante que leva à deterioração dos rins é o diabetes. “Quando não são atingidos os níveis de glicose ideais, os rins são sobrecarregados e, a longo prazo, excretam proteínas que não deveríamos eliminar. Isso pode acarretar na doença renal crônica terminal (estágio 5), e o paciente precisará iniciar um programa de substituição da função renal, como a diálise”, adverte.
Obesidade e tabagismo também podem levar à insuficiência renal crônica, por isso o controle do peso e hábitos saudáveis de vida são fundamentais. “É importante realizar checape, detectar pressão alta e diabetes, manter alimentação equilibrada e cessar o tabagismo”, finaliza a nefrologista.