Jornal Estado de Minas

ANNA MARINA

Coração partido tem cura


Como está chegando o tradicional Dia dos Namorados, é bom saber como combater o estresse emocional e físico causado pelo fim de uma relação, que às vezes é considerado doença psicológica. Isso ocorre porque o que resulta da separação são aqueles dias com aperto no peito, dificuldade de respirar, tonturas e ânsia de vômito. Não dá vontade de comer e bate a dor no estômago junto da raiva, tristeza profunda, dificuldade para dormir e do cansaço excessivo.




 
Chamar isso de “frescura” ou mesmo de “preguiça” é um erro, pois esses sintomas, parecidos com o de infarto, são clássicos da cardiomiopatia de Takotsubo, mais conhecida como síndrome do coração partido. Nesse caso, afeta-se o músculo cardíaco, com disfunção súbita do ventrículo esquerdo. É um problema raro, também definido como cardiomiopatia por estresse.
 
A alteração ocorre após situações de grande estresse emocional ou físico, seja pelo rompimento de um relacionamento amoroso, morte de uma pessoa querida, perda de emprego, problema financeiro, acidente ou problema de saúde, por exemplo.
 
A síndrome do coração partido é considerada doença com origem psicológica, informam especialistas. Ela pode estar relacionada ao excesso de descarga de adrenalina provocado pelo trauma enfrentado pela pessoa, o que afeta o funcionamento do coração. Na forma grave, pode até acarretar um quadro de falência do coração, edema de pulmão ou ainda arritmia, levando à morte súbita.




 
A atividade física é necessária para a prevenção das doenças cardiovasculares, sobretudo no caso de pessoas sob estresse emocional. Corridas ou caminhadas, individuais ou em grupo, têm efeitos muito positivos no combate ao estresse emocional. A seguir, damos dicas para quem quiser adotá-las:
 
Faça alongamento corretamente antes de começar qualquer atividade física.
Comece caminhando. Alguém que hoje corre muito não começou nem com distâncias nem em alta intensidade.
 
Não corra todos os dias, pelo menos no começo. Intercale a intensidade, alternando entre corrida e caminhada.Tenha metas. Para você melhorar, é necessário um objetivo. Pode ser, por exemplo, correr 1km, para iniciar. Depois, aumente gradativamente, conforme sentir segurança.
 
Invista no tênis adequado para o seu peso e para a sua pisada. Isso é fundamental para minimizar lesões.
 
Faça avaliação física e teste de esforço, principalmente no caso de comportamentos de risco, ou seja, se estiver acima do peso, se fumar, consumir bebida alcoólica ou tem histórico familiar de doença cardiovascular.
 
Use ferramentas para medir seu desempenho, como aqueles relógios que mensuram a frequência cardíaca.
 
“Escute” o seu corpo. Ele pode dar sinais de que você está chegando ao limite. Respeite-o. Caso contrário, há risco de lesões.