Jornal Estado de Minas

ANNA MARINA

Aprenda a comprar sem arruinar suas finanças



Pelo menos uma vantagem a idade avançada tem: ensina a administrar a renda mensal com sabedoria. Como vim de uma família em que todos trabalhavam e era preciso cuidar bem para a grana não faltar, aprendi a importância de controlar o dinheiro.





Como comecei a trabalhar com 16 anos, aprendi também que não gastar mais do que se tem pode até doer na hora, mas é alívio sem preço, no futuro.

Muita gente que compra mais do que pode põe a culpa nos desejos momentâneos, nos picos altos de estresse, na sobrecarga emocional e em outros problemas – os vilões do consumismo por impulso.

Segundo estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, 44% das compras realizadas pela internet no Brasil são feitas por impulso. E justamente por conta desse descontrole há alta taxa de endividados: 78% dos lares brasileiros possuem dívidas a vencer.

Os números são da pesquisa “Endividamento e inadimplência do consumidor” divulgada recentemente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).





Alberto André, CEO do Fintech, se propõe a ajudar o brasileiro a tomar decisões financeiras racionais. O especialista nos enviou dicas para quem quiser aprender a evitar as compras por impulso e manter as dívidas em dia. Confira a seguir as orientações dele:

“O primeiro passo do planejamento financeiro é fazer um diagnóstico do momento atual e identificar quais são os gastos mais frequentes. Para isso, comece listando todas as contas fixas e tente registrar as despesas diversas do dia a dia.

Todo planejamento financeiro pessoal depende desta etapa, uma vez que é impossível fazer planos sem conhecer a realidade.

Nestes tempos de e-commerce, a tentação de passar o dia comprando on-line é grande, mas é preciso ter parcimônia e fugir das aquisições por impulso. Por isso, antes de clicar no “comprar”, repense se você realmente precisa do produto naquele momento.

Comprar, muitas vezes, é uma válvula de escape para determinado momento de turbulência emocional.

Quando alguém está passando por dificuldade, é comum considerar o consumo como saída eficiente para gerar satisfação e alegria momentânea. Nesses casos, procure não gastar dinheiro, pois certamente você vai se arrepender.

Por meio dos cartões de crédito, as pessoas passaram a ter facilidade de parcelar suas compras. Porém, o problema é parcelar absolutamente tudo. Isso pode virar uma verdadeira bola de neve ou até mesmo alcançar valores que não cabem no orçamento. Nunca deixe de acompanhar detalhadamente e de perto todas as faturas do cartão.”