O principal foco do Congresso da Sociedade Americana de Oncologia, realizado no mês de junho, foi a medicina de precisão, importante, entre outros aspectos, para o estabelecimento de estratégias com drogas dirigidas para alvos específicos, contribuindo para um tratamento personalizado e com maiores chances para os pacientes.
A medicina de precisão, ou personalizada, faz uso dos avanços da genética e da bioinformática. O seu alvo principal é a área do câncer, na qual várias alterações genéticas já foram identificadas como causadoras da doença, permitindo um tratamento mais assertivo quando essas mutações são identificadas nos pacientes.
O mesmo tratamento oncológico não é adequado para todos. O câncer é muito mais complexo do que se imaginava. Há diferenças marcantes dos mesmos tipos de tumor entre os pacientes. São como “digitais”, específicas para cada indivíduo.
Um exemplo é o câncer de mama. Diferentes pacientes podem ser afetadas por mecanismos alterados. O quadro clínico pode ser semelhante, mas os mecanismos determinantes da doença são diversos e o tratamento depende da interferência no mecanismo celular de cada paciente. Por isso a individualização do tratamento representa um grande avanço na luta contra o câncer.
Com a medicina de precisão, os indivíduos são tratados como únicos, trazendo benefícios para os pacientes. Por exemplo, numa abordagem de prevenção, ela permite investigar a susceptibilidade a determinadas patologias, mesmo antes de se manifestarem clinicamente, possibilitando um acompanhamento e até a sua prevenção.
Já na questão de tratamentos, a medicina de precisão indica uma escolha de tratamento que tenha maiores chances de resultado, uma vez que é personalizada. Além disso, a medicina de precisão promove o desenvolvimento de tratamentos alternativos personalizados para indivíduos que não responderiam aos tratamentos convencionais.
Dentre as novas terapias que estão revolucionando a medicina está o Teste Onco-PDO, oferecido pela Invitrocue Brasil. Trata-se de um cultivo celular tridimensional, que melhor reflete in vitro as condições observadas in vivo do seu tumor de origem. O Teste Onco-PDO leva em conta que cada paciente é único, e isso ajuda o médico a traçar a melhor escolha para aquele paciente específico.
Alguns tumores mostram-se resistentes a certos medicamentos, e saber previamente as respostas das células tumorais do paciente aos diferentes tratamentos em laboratório contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas. O benefício é que o Teste Onco-PDO permite verificar especificamente o efeito de diversos medicamentos no tumor do paciente e trabalhar diretamente com as células vivas que formam o câncer em cada caso.
O teste é especialmente indicado para pacientes em estágio avançado, para aqueles em que se observou o retorno do crescimento do tumor após a primeira linha de tratamento, mas pode ser realizado nos demais estágios também.
Disponível no Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o Teste Onco-PDO permite que o médico escolha oito de 60 drogas para testagem, e o resultado demonstra como as células responderam em laboratório. O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente reagiram aos diferentes tratamentos testados. O Teste Onco-PDO está disponível para coletas em todo o Brasil.