(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas ANNA MARINA

Fuja das varizes, adotando hábitos que ajudam a prevenir o problema

Especialistas recomendam evitar ficar sentado ou em pé por muito tempo na mesma posição, praticar exercícios, não fumar e controlar o peso


20/07/2023 04:00 - atualizado 20/07/2023 00:44
699

Pernas femininas com varizes
Varizes atingem 38% da população brasileira (foto: Guia da Farmácia/reprodução )

Um belo dia, cismei que estavam aparecendo pequenos vasos em minhas pernas. Um dos meus médicos – já nem me lembro qual – recomendou que fosse procurar outro, especialista no assunto. Ele não atendia no Mater Dei, seu consultório era fora. Fui atendida e o profissional começou o processo de secar as pequenas veias. Cada picada valia a troca da agulha.

Achei o maior espanto, pois eu usava tanto quanto possível as minhas agulhas de tomar insulina. Ele me explicou que não era possível, elas deveriam ser trocadas. Felizmente, só fui uma vez – muitas agulhas têm um preço bem grande em qualquer tratamento.

Fiquei nisso e tenho pena de quem sofre com tratamento de varizes, que era a especialidade de meu primo que já se foi, o médico Márcio de Castro Silva.

Varizes são veias dilatadas, tortuosas e de calibre aumentado, que podem aparecer em diversas regiões do corpo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), há prevalência média de varizes em 38% na população brasileira, encontrada em 30% dos homens e 45% das mulheres, levando em consideração todas as faixas etárias.

As veias dilatadas, geralmente, não causam maiores sintomas, a não ser o incômodo estético. Elas são as veias mais superficiais, por isso são aparentes. Quando grandes, as varizes podem sangrar depois de traumas ou formar pequenos trombos, quadro denominado de tromboflebite.

“As varizes, quando múltiplas, podem ser uma das manifestações da chamada insuficiência venosa crônica. Quando várias veias se tornam insuficientes e varicosas, o sangue começa a ficar retido nos membros inferiores, causando desconforto, sensação de peso, dor local, edemas, escurecimento da pele e, em casos avançados, aparecimento de úlceras e infecções de pele”, explica Guilherme Jonas, médico angiologista e especialista em cirurgia vascular pela SBACV.

Esse problema crônico pode surgir em qualquer idade. Não é possível interferir em algumas condições que favorecem o aparecimento de varizes. 

“Porém, predisposição genética, idade e sexo servem de alerta para que as pessoas redobrem a atenção diante de possíveis manifestações iniciais da doença e procurem tratamento”, destaca o angiologista.

Alguns fatores de risco para varizes vêm de hábitos que podem ser evitados no nosso dia a dia. Confira:

• Sedentarismo – Atividade física é fundamental na prevenção e tratamento das varizes. Eexercícios estimulam o sistema circulatório como um todo e facilita o retorno do sangue ao coração.

• Ficar muito tempo na mesma posição – Em viagens longas, por exemplo, a pessoa é obrigada a permanecer sentada ou em pé por muito tempo, na mesma posição. Qualquer exercício que facilite a contração e relaxamento da panturrilha ajuda a bombear o sangue de volta para o coração. Uma ideia é tentar sempre caminhar alguns passos para estimular a musculatura da batata das pernas. Meias elásticas, desde que tenham a compressão adequada para o tipo de perna do paciente, favorecem o bombeamento de sangue para o coração e colaboram para sua circulação no interior das veias.

• Obesidade – O sobrepeso e as complicações associadas – pressão alta e diabetes são duas delas – representam sobrecarga para o sistema circulatório e aumentam o risco de desenvolver varizes, pois a gordura acumulada no abdômen faz subir a pressão sobre os vasos e dificulta o fluxo normal do sangue, que vai criando bolsões nas veias das pernas.

• Tabagismo – Substâncias contidas no cigarro deixam o sangue mais viscoso, o que dificulta a circulação e favorece seu acúmulo nas veias das pernas. Deixar de fumar é medida que não beneficia só as pernas, mas todo o organismo.

• Salto alto – É um tema controverso. Alguns estudiosos garantem que eles não oferecem risco maior. Porém, o uso rotineiro de saltos muito altos e finos pode manter a musculatura da perna por muito tempo contraída, tornando mais difícil o retorno do sangue venoso e permitindo que parte dele fique retida nas veias das pernas e dos pés.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)