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Estado de Minas ANNA MARINA

Problemas de saúde podem dificultar o emagrecimento

Fadiga, depressão, hormônios desregulados e medicamentos interferem no metabolismo. É fundamental ter ajuda médica para perder peso com segurança


31/07/2023 04:00 - atualizado 31/07/2023 03:33
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Dois pés sobre a balança de banheiro
(foto: Vecteezy/reprodução)

 
Sinto saudades do tempo em que o doutor Austregésilo de Mendonça programou uma seção de choques de insulina em seu hospital, o Santa Maria, para que eu engordasse um pouco. Pesava pouco mais de 40kg. Agora, mesmo tomando insulina todo santo dia e apenas “sujando o prato” nas horas de refeição, como dizem minhas auxiliares, ganhei uns quilos que não consigo perder.
 
Por causa disso, toda informação que recebo sobre o assunto me chama a atenção, pois sei que, como eu, várias mulheres desejam se livrar de uns quilinhos. A informação de hoje vem de Thais Mussi, endocrinologista e metabologista que faz parte da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).
 
A doutora ensina que atividade física em dia e alimentação controlada podem não bastar. Thais afirma que a dificuldade de emagrecer pode estar ligada à atividade desregulada de sistemas do nosso corpo, esclarecendo sobre sintomas e condições médicas que interferem nesse processo.
 
Quem está tentando emagrecer e se vê diante dos sintomas a seguir deve procurar um profissional de saúde, alerta a médica. Os fatores principais são:
 
Cansaço – A sensação de cansaço persistente pode estar ligada a diversos problemas de saúde, como anemia e síndrome da fadiga crônica. “Essas condições comprometem o metabolismo e, consequentemente, a perda de peso”, explica a endocrinologista.
 
Inchaço e retenção de líquidos – Isso pode estar ligado a insuficiência cardíaca, doença renal ou síndrome pré-menstrual, ocasionando aumento de peso devido ao acúmulo de líquidos no corpo.
 
Diabetes – Dificuldades no controle da glicose, como a resistência à insulina e o diabetes tipo 2, também estão relacionadas a desafios para o emagrecimento, pois o excesso de glicose no sangue pode ser convertido em gordura e armazenado no corpo.
 
Saúde mental comprometida – Depressão e outros transtornos do humor podem interferir na motivação para praticar exercícios físicos e seguir alimentação saudável.
 
Qualidade do sono – Apneia obstrutiva do sono e insônia prejudicam o descanso adequado, levando ao aumento de apetite, redução da saciedade e desequilíbrio hormonal.
 
Desregulações hormonais –  Podem advir de outras condições médicas, como a síndrome do ovário policístico (SOP) e disfunções da tireoide. Como consequência, elas afetam o metabolismo, o apetite e a distribuição de gordura no corpo.
 
Remédios – Corticosteroides, antipsicóticos, antidepressivos e anticonvulsivantes podem contribuir para o ganho de peso.

Por falar em medicamentos, dois deles vêm chamando a atenção de pessoas que desejam perder peso. Médicos advertem que ambos são recomendados com reservas.
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do Wegovy, nome comercial da semaglutida na dose de 2,4mg, para tratamento da obesidade e do sobrepeso associados a outras doenças, como diabetes e hipertensão arterial.
 
Já o Ozempic (semaglutida nas doses de 0,25mg, 0,5mg e 1mg), aprovado no Brasil para o tratamento do diabetes, vem sendo usado, sem indicação formal em bula, para tratar obesidade, pois o princípio ativo é a mesma semaglutida.
 
Ambos são fabricados pela Novo Nordisk e sua substância é um análogo do hormônio GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1). O Wegovy só deve chegar ao Brasil em 2024, enquanto o Ozempic está disponível desde 2018.
 
Especialistas da Liti Saúde alertam: é preciso entender para que essas medicações servem, conhecer os efeitos colaterais delas e não usá-las, de forma alguma, sem prescrição e acompanhamento médico.

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