A depressão é um transtorno mental que afeta parte considerável da população. De acordo com a Pesquisa Vigitel, 11,3% dos brasileiros, em média, relataram ter recebido o diagnóstico médico da doença. A maior frequência ocorreu entre as mulheres (14,7%), em comparação com os homens (7,3%).
Apesar do número alarmante, muitas vezes a doença é ignorada e interpretada de forma errada, como se fosse apenas desânimo ou tristeza, algo passageiro. Por isso, é fundamental compreender suas características e sintomas para procurar apoio quando necessário.
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Os principais sintomas podem ser agrupados em categorias. No âmbito do humor, destacam-se ansiedade, apatia, culpa, descontentamento geral, desesperança, mudanças de humor, perda de interesse, solidão ou sofrimento emocional.
Em termos de comportamento, podem ocorrer agitação, automutilação, choro excessivo, irritabilidade ou isolamento social. Podem surgir problemas como despertar precoce, excesso de sonolência, insônia ou sono agitado. É comum a presença de fadiga, fome excessiva ou inquietação.
No campo cognitivo, há falta de concentração, lentidão durante as atividades e pensamentos suicidas. Tanto o ganho quanto a perda de peso podem ocorrer. Além disso, é frequente o abuso de substâncias, falta de apetite e repetição incessante de pensamentos.
“Recomendamos ao indivíduo que perceba alterações em sua rotina relacionadas aos sintomas mencionados buscar ajuda o mais breve possível. O diagnóstico da depressão é realizado com base em relatos clínicos. O profissional de saúde mental, como o psiquiatra, pode solicitar exames adicionais para descartar condições que possam apresentar sintomas semelhantes. É fundamental realizar o diagnóstico adequado para entender como deve se dar o tratamento”, explica o especialista.
O tratamento geralmente envolve abordagem multidisciplinar, podendo ser conduzido por profissionais de psicologia, psiquiatria, neurologia e outras especialidades médicas, como endocrinologia, dependendo das necessidades do paciente. A combinação de psicoterapia e tratamento psiquiátrico é frequentemente utilizada.
“Depressão é doença grave que pode ter consequências devastadoras, incluindo a incapacidade funcional e até mesmo o risco de suicídio. Portanto, é fundamental maior conscientização sobre essa condição, a fim de se reduzirem os estigmas e garantir que pessoas afetadas recebam suporte e tratamento adequados”, finaliza Pedro Sammarco.