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Estado de Minas ANNA MARINA

Atenção dos pais é crucial para o diagnóstico precoce da miopia infantil

A faixa de 6 a 8 anos apresenta o maior risco de desenvolver miopia. Exposição exagerada a aparelhos eletrônicos contribui para o problema


25/08/2023 04:00 - atualizado 25/08/2023 00:15
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Criança usando óculos sorri em frente a quadro de letras do teste de visão
(foto: Eyekids/reprodução)

Miopia infantil é papo sério. Apesar de nem sempre existirem sintomas, a criança pode dar sinais de que há algo de errado com a visão. O cuidado com os olhos deve ocorrer desde o nascimento. É neste momento que o oftalmologista passa a fazer parte não só da vida da criança, mas também da família.

Quando o assunto é miopia infantil, as crianças costumam não se queixar porque elas se adaptam facilmente ao ambiente em que estão e não identificam se há problemas. Contudo, é possível mudar este cenário por meio do diagnóstico precoce.

A oftalmopediatra Adriana Fecarotta informa que a primeira consulta deve ocorrer entre seis meses e 1 ano, conforme recomendam as associações de oftalmopediatria. “Mesmo que a criança não apresente sintomas, é possível medir o grau e confirmar o diagnóstico. Isso impacta positivamente o tratamento precoce, que fará toda a diferença no desenvolvimento infantil ao longo dos anos”, comenta.

Em grande parte dos casos, os sintomas só são percebidos na idade escolar. Um deles é não conseguir ver a lousa, além de o pequeno sempre se aproximar de objetos para percebê-los melhor, ter dor de cabeça frequente e apertar os olhos para enxergar.

Nesses casos, é necessário consultar o quanto antes o oftalmologista para fazer uma avaliação, que envolve exame físico dos olhos, reflexo de luz regular e testes para medir a capacidade de enxergar letras distantes.

A faixa de 6 a 8 anos apresenta o maior risco de desenvolver miopia se a exposição às telas for prolongada. Todas as idades estão propensas a isso, a diferença é que entre 6 e 8 anos o risco de desenvolver miopia é maior. Atividades prolongadas e intensas à curta distância podem prejudicar a visão e levar ao surgimento da miopia.

Estudo feito pelo Hospital dos Olhos apontou aumento de 23% no diagnóstico de miopia em crianças de até 12 anos no primeiro semestre de 2022. Foram 538 casos, em comparação a 425 no mesmo período de 2021.

A fase em que a criança está mais vulnerável ao aparecimento dos erros refrativos (grau) vai de zero a 8 anos. “A miopia ocorre quando a córnea é muito curva ou o globo ocular muito comprido, fazendo com que os raios focalizem antes da retina e a criança apresente dificuldades para ver de longe”, explica a oftalmopediatra.

O tratamento é a adoção de óculos com lentes apropriadas para tratar essa condição visual.

A miopia em crianças pode ser leve, moderada ou de alta severidade – casos acima de 5,00D. No entanto, a médica alerta para a velocidade da progressão desta condição. “Crianças se desenvolvem rapidamente e a miopia pode aderir a essa evolução. Por isso é importante o acompanhamento constante junto ao oftalmologista para ver se há progressão ou não do problema, o que vai demandar ajustes nas lentes”, afirma Adriana Fecarotta.

A boa notícia é que novas tecnologias ajudam os pequenos pacientes. Entre elas está a lente voltada para a desaceleração da progressão do problema em crianças, a Essilor Stellest, que atua na correção da miopia, impedindo que os olhos se alonguem mais rapidamente do que deveriam.

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