Como estou custando a levar a marcha de tempo, sempre pergunto aos médicos próximos o que é bom fazer para diminuir os estragos da idade. Um deles respondeu, na gozação, que eu deveria arrumar uma cápsula e voltar aos 20 anos. Outro dia, brincou: “Tome maconha!”. Não se referia a fumar a erva, mas a remédios feitos com ela, vendidos sem problemas nos Estados Unidos.
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Diferentemente do THC (tetrahidrocanabinol), outro composto presente na planta, o canabidiol não provoca dependência nem efeitos psicoativos, sendo reconhecido por suas propriedades terapêuticas.
“Outra vantagem do uso do canabidiol é que, por ser uma substância natural, provoca pouquíssimos efeitos colaterais no organismo, ao contrário de medicamentos sintéticos”, afirma Alfonso Cardozo Ferretjans, sócio da Anna Medicina Endonacanabinoide, startup que tem o objetivo de desburocratizar o acesso à Cannabis medicinal no Brasil.
Estudos conduzidos pela Escola de Medicina da Universidade de San Diego, na Califórnia, e publicados na Journal of the American Geriatrics Society apresentam resultados positivos sobre o uso do CBD para tratar Parkinson, Alzheimer, depressão, ansiedade e distúrbios do sono.
Também foram observadas melhoras nos sintomas de osteoporose, doenças intestinais e problemas cardíacos.
A relação entre o avanço da idade e o desequilíbrio no sistema endocanabinoide (SEC) também foi cientificamente estabelecida. Descoberto em 1964, o SEC é um conjunto de receptores que facilitam a comunicação e coordenação entre as células.
“Com o avanço da idade e a desregulação do SEC, ocorre um desequilíbrio no sistema fisiológico, tornando-o mais suscetível ao desenvolvimento de doenças”, explica Ferretjans.
Quando interage com o sistema endocanabinoide, o CBD atua imitando a substância natural presente no organismo, exercendo influência na redução de dor, inflamação e diversos sintomas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que, nos últimos cinco anos, quadruplicou o número de solicitações de importação de Cannabis medicinal para pessoas com mais de 65 anos.
“Esses números são promissores, especialmente considerando que essa parcela da população muitas vezes associa o composto aos efeitos alucinógenos da maconha causados pelo THC”, acrescenta Alfons Ferretjans.
Com seu perfil terapêutico, o CBD emerge como alternativa que pode contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos idosos, aliviando sintomas e promovendo processo de envelhecimento mais saudável e confortável, finaliza o especialista.