Só quem tem dificuldade de se locomover corretamente entende a importância da vinda do professor francês Michael Lacour à capital mineira para dar um curso de dois dias – neste sábado (16/9) e domingo (17/9) –, no Auditório 1 do Hospital Mater Dei.
Na capital, ele participa da Jornada Internacional de Reabilitação Vestibular, especialidade que trata de vertigens, tonteiras e desequilíbrios posturais.
Doutor em ciências e PHD em neurociências, Lacour é diretor de pesquisas no CNRS (Universidade de Marselha) e criador do Brain, Behavior e Cognionstitute. Reconhecido mundialmente por suas pesquisas e investigações clínicas, tem 200 publicações internacionais e já fez cerca de 80 conferências na Europa, Rússia, Ásia, África e Estados Unidos. Editou 12 livros e escreveu 45 capítulos de várias publicações.
Michael Lacour foi o primeiro a demonstrar a plasticidade neuronal pós-lesão vestibular. Realiza constantemente pesquisas sobre controle postural, estabilidade do olhar e funções cognitivas na hipofunção vestibular uni e bilateral.
É um craque internacional na delicadíssima reabilitação vestibular, que parece brincadeira de labirinto fora do lugar, mas é importante para tratar problemas causados por malefícios da vida moderna. Nesses dois dias de palestras, o professor Lacour vai abordar, ao lado de Angela Bessa, profissional de BH, e da francesa Souad Haijoub as melhores tecnologias para dominar o manejo das vertigens, tonteiras e desequilíbrios posturais.
A Jornada se destina a profissionais de saúde, fisioterapeutas, médicos e fonoaudiólogos que se interessam por otoneurologia e reabilitação vestibular. A proposta das duas conferências é mais que diferente, e por causa disso foi escolhido o confortável auditório do Mater Dei. Mesas-redondas e palestras abordarão temas raros por aqui. No primeiro dia da programação, que rola ao longo da tarde, será realizado um jantar de congraçamento.
Estou por dentro porque depois que caí e quebrei um osso da coluna, posteriormente operado, não consegui retomar o domínio perfeito do movimento. Estou sob os cuidados de Angela Bessa e me submeto ao endurecimento das pernas, à localização das tonteiras, por exemplo.
Fico mais firme a cada sessão do tratamento, deixando cada vez mais longe a recomendação do meu médico de sempre, Walter Caixeta Braga, que, ao me atender fragilizada, “receitou” uma bengala, pois o superperigo é cair de novo. Ingressos para a Jornada podem ser obtidos no site Sympla.