Jornal Estado de Minas

ANNA MARINA

Médico explica a evolução nas técnicas da rinoplastia


A rinoplastia, uma das cirurgias plásticas mais populares do mundo, tem evoluído significativamente nos últimos anos, proporcionando benefícios notáveis aos pacientes em termos de melhora da autoestima, embelezamento facial e percepção anti-idade. “Mas a evolução não é só no campo estético: as novas técnicas já não utilizam martelo, o paciente não fica mais tão inchado e roxo, a recuperação é mais rápida, e não há mais a necessidade do uso do tampão nasal”, explica o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro da BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons) e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS).





Segundo o médico, com avanços tecnológicos, as técnicas também foram refinadas e, com uma compreensão mais aprofundada da anatomia nasal, a rinoplastia tem se tornado uma opção cada vez mais eficaz e segura para aqueles que buscam aprimorar a estética do nariz.

Hoje, não há, por exemplo, a necessidade de uso do tampão nasal após a cirurgia. “O tampão era utilizado para prevenir sangramento, mas essa é uma medida que não é mais necessária pela evolução das técnicas, que tornaram o pós-operatório bem mais tranquilo, proporcionando mais conforto ao paciente”, diz Paolo.

Além disso, muitas pessoas optavam por não passar pela cirurgia devido ao modo como era realizada, com auxílio de um pequeno martelo para fraturar o osso, o que exigia um longo tempo de recuperação, com a presença de inchaço e hematomas. 





“Mas a boa notícia é que, com o avanço dos estudos na área da cirurgia plástica, técnicas que prometem reduzir o tempo de recuperação enquanto conferem ótimos resultados vêm surgindo, como a rinoplastia ultrassônica”, diz o especialista. “A rinoplastia ultrassônica visa tratar a parte óssea do nariz através de um aparelho que, por meio de vibrações, permite ao cirurgião remodelar o osso e realizar a fratura nasal necessária para o procedimento de forma menos traumática”, completa.

Realizada sob o efeito de anestesia, a rinoplastia ultrassônica possui as mesmas indicações da técnica tradicional, sendo indicada para qualquer paciente que tenha necessidade de tratar a parte óssea do nariz, mas possui como vantagem o fato de ser mais precisa e preservar estruturas importantes do nariz, como cartilagem, mucosa e vasos sanguíneos presentes na região, resultando em menos inchaço, sangramento, hematoma e inflamação no período pós-operatório. 

“Isso faz com que o processo de recuperação do procedimento seja mais rápido e mais tranquilo, permitindo ao paciente retornar às atividades rotineiras mais rapidamente”, destaca o cirurgião. De acordo com o especialista, por ser mais precisa, a rinoplastia ultrassônica tem resultados melhores e mais previsíveis, pois o aparelho permite alterações em ossos que antes não era possível alterar. 





“Geralmente, o resultado final da rinoplastia tradicional é alcançado em torno de 12 a 18 meses. Mas na rinoplastia ultrassônica esse período tende a ser menor, justamente por causar menos inchaço”, afirma. Os cuidados pós-operatórios são os mesmos da cirurgia convencional. “O ideal é que, durante uma semana, o paciente permaneça em repouso e evite esforços físicos”, alerta o médico.

Outra vantagem da rinoplastia ultrassônica está no fato de não possuir contra indicações relacionadas diretamente ao uso da nova tecnologia. “As possíveis complicações da rinoplastia ultrassônica são as mesmas de qualquer procedimento cirúrgico e incluem a possibilidade de hematomas, infecções e sangramentos. Já com relação às contraindicações, a rinoplastia ultrassônica, assim como a técnica convencional, não é indicada para crianças, gestantes, lactantes, pacientes com problemas de coagulação, que utilizam algum tipo de anticoagulante ou que possuam alguma doença que não esteja controlada”, aponta Paolo Rubez.