O produto interno bruto, PIB, ter crescido 1,1% em 2019 já foi um sinal ruim frente à expectativa com a eleição de um presidente antissistema, com o ex-juiz da Lava Jato na vitrine e um ministro ultraliberal na economia hostil à socialdemocracia e boca-dura com o empresariado, que vive acusando de acomodado. Tudo fake.
Indiferentes à regressão na década que se foi, quando a taxa média anual de crescimento econômico foi de mísero 0,3%, menos que a taxa de expansão demográfica de 0,7% ao ano, resultando no retrocesso da renda per capita de 0,6% na média de cada ano de 2011 a 2020, esses senhores fantasiados de “novos reformistas” foram se desmontando ao longo de sua estada em Brasília como carro velho subindo a serra.
O ex-juiz rolou no ano passado como calota que desprega da roda. O economista que nunca superou o desdém da academia deixou de anunciar privatizações de R$ 1 trilhão e outro trilhão vendendo imóveis da União. Hoje, pede socorro ao STF para livrar o orçamento federal do pagamento de precatórios. E o chefe delegou o orçamento fiscal para o deputado Arthur Lira derrotar o grupo de Rodrigo Maia na Câmara e ele próprio se enrabichou com o centrão.
Os senhores sem rumo
Incongruências a granel
Mudanças que já tardam
O tempo passa e não aprendem nada. Como não aprendem os “gurus” da política econômica alheios à dependência da economia indexada aos rodopios do dólar, criando inflação e crise típica de insolvência externa, que não existe, combatida com aperto monetário, como se os males fossem de excesso de demanda, apesar do desemprego. Tem quem lucre com isso, escudado na ortodoxia do mercado. Não é só burrice.