O puxa-estica entre Jair Bolsonaro, seus ministros e os líderes de partidos do Centrão para arrancar a fórceps dinheiros públicos para um programa de sedução do eleitor mais pobre mostra que a pobreza é só álibi para candidatos à reeleição, não preocupação permanente.
Se esse fosse o foco, o crescimento econômico seria central ao governo de turno e não promessa vazia de ministro “levantador de PIB”.
Nem há o resultado das reformas copiadas das “revoluções liberais” de Reagan, nos EUA, e de Thatcher, na Inglaterra. Elas legaram, 40 anos depois nesses países, classe média precarizada, desalento dos jovens sem emprego depois de formados e a corrosão da hegemonia do capitalismo de mercado frente ao capitalismo de Estado da China.
"Endêmica no Brasil, se a pobreza incomodasse os governantes seria central em suas decisões desde o dia 1º de seus mandatos"
Aqui é assim há décadas, implicando a implantação de programas de transferência de renda à população mais frágil para minorar a fome, que voltou, e a falta de empregos conforme a expansão demográfica.